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Flávio Barbosa

Cronista, psicanalista

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O Contrato

Dizem que o diabo tem muitos nomes, um deles, suspeita-se, é Jair Messias. E este sabe servir ao seu Senhor, sabe que veio para confundir, afinal, não é esse o lance?

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A elite brasileira é como o Fausto de Göethe. Para quem leu e para quem não leu essa grande obra da literatura mundial, Fausto foi um personagem que vendeu a alma ao diabo para conseguir realizar a contento os seus objetivos de vida (paixão, perfeição, dinheiro, poder). Mas o diabo, lá, naquele caso, Mefistófeles, não dava qualquer coisa de graça a ninguém, e o preço que cobrava em seus contratos era o da alma do contratante. Fausto não mediu os riscos, a ambição era maior do que tudo, então viveu como consequência desse pacto, desse contrato, um período de êxito e fortuna (sorte), mas um dia a conta chegou.

A elite brasileira que igualmente encomendou a sua alma faz tempo, sabe, porque nisso não há erro, que a sua conta já chegou, contudo ela arranjou um jeito de pagar a sua conta, ela a terceirizou para o povo a fim de seguir a viver sua vida fútil e asquerosa.

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O problema do povo brasileiro é que por razões as mais distintas parece que ele aceitou isso como um destino selado, e convenhamos, há muitos oráculos que o aconselha a cumprir resignado tal destino.

Creio que cumpre aos progressistas introduzir a dúvida à ideia de destino junto ao povo. Fazê-lo duvidar da própria sorte que parece insistir que é tudo assim mesmo. Convencer, de algum modo que seja, que os vasos comunicantes que forjam essa suposta verdade como se a verdade fosse responde pelos interesses e são dos bolsos dessa elite, esta sim, a verdadeira fiduciante do contrato.

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Será preciso mostrar ao povo que as peças transmitidas por esses vasos comunicantes são grosseiras falsificações que intentam que o legado do contrato com o diabo fora do povo e não da elite brasileira. Portanto, é preciso esclarecer que não cabe ao povo pagar por aquilo que não contratou e tampouco adquiriu, e ressalvando que se há um destino a se cumprir pelo povo, certamente não é esse que intentam lhe impor com ardis.

O povo não é bobo – entoam os jargões --, mas também não é assim tão esperto – mostra-nos as experiências --, e essas mesmas experiências mostram, ademais, que o que não falta por essas bandas é esperteza, aliás, se há um conceito a ser desenvolvido a despeito dessa nossa “elite” é o da esperteza, que se vale dos argumentos mais distintos e das manhas mais convincentes a fazer valer os seus interesses, a preservar-se frente a máquina de moer gente que montaram nos fundos de quintais e nos oitões dessa terra de abandonos e comilanças. O diabo, assim, é bem conveniente. Introduzi-lo, pois, nos ouvidos das gentes feito um súcubo ou um íncubo tem lá o seu engenho.

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Dizem que o diabo tem muitos nomes, um deles, suspeita-se, é Jair Messias. E este sabe servir ao seu Senhor, sabe que veio para confundir, afinal, não é esse o lance?

Conhecereis a verdade e ela vos libertará! Salvo engano, e segundo comentam as más línguas, esta a epígrafe do Contrato, a que o dito cujo reitera em suas falas e parca leitura.

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