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Rogério Maestri

Engenheiro e professor na UFRGS

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O Deus pai, não o filho, que está agindo

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Quem está acostumado com a Teologia Cristã sabe que ela está baseada em três fases completamente distintas, a do antigo testamento, ao dos evangelhos e uma terceira que são as reescrituras da segunda fase por Paulo e por outros. 

Considerando que os escritos de Paulo foram mais uma adaptação das duas primeiras a serem mais palatáveis aos ímpios e transformar o cristianismo numa religião do Estado Romano, vou falar brevemente sobre as primeiras visões. 

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O Deus do antigo testamento era um ser nada piedoso, podia, como dizem os cristãos, agir de formas estranhas como os desígnios do senhor são incompreensíveis aos homens, ou seja, se ele fazia o povo de Israel vagar pelo deserto durante uma geração comendo o que achavam e quando ficavam difíceis ao povo escolhido, mandar o maná dos céus para alimentá-los, em resumo, como diz o ditado gauchesco: Não levava ninguém para compadre. Já o Deus do novo testamento era o inverso disso, era tolerante, se sacrificou em nome de todos, achava que todos compreenderiam o Sermão da Montanha (Mateus 5-7) e que esse seria o caminho da salvação. 

Apesar das coisas ter sido dito com a maior clareza e simplicidade da palavra, como: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” 

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Ou 

“Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.” 

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Se alguém ler com cuidado o Sermão da Montanha, verá que é exatamente ao contrário do que a imensa maioria dos cristãos fazem, ou seja, a palavra é lida, mas é simplesmente ignorada. 

Comparando pobremente os dois deuses que aparecem no antigo testamento e no novo, com a política de diversas tendências de esquerda, poderíamos bem levianamente dizer que o deus que aparece no antigo testamento é um revolucionário radical e o do segundo um social-democrata. 

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Com a atual pandemia, mais uma vez apareceu a face do deus do antigo testamento, que irritado com a falsidade de todos que simplesmente nem cumpriram uma linha do Sermão da Montanha, baixou a sua mão, ainda pouco pesada sobre a humanidade, pois se quisesse baixar com toda a sua força, mandaria um meteoro do tamanho daquele que eliminou os dinossauros. Só foi uma lembrança, que apesar de já dominarmos a tecnologia para restringir a ação do vírus a uma pequena e quase imperceptível pequena doença que abateria sobre alguns idosos que já viveram bastante, começa agora a atingir os mais jovens que acham que estão nesse mundo somente para se divertir por conta dos outros. 

Já deixamos que milhares de guerras matassem bilhões de seres humanos, já acumulamos riquezas que simplesmente não repartimos com os quem tem fome. Deixamos que essas guerras fossem cada vez mais eficientes e mortais, até o ponto que se seguirmos adiante nos eliminaremos todos. Agimos como o filho tivesse aceitado o que o maligno lhe ofereceu e ele, na sua paciência infinita, lhe disse que o que estava ofertando já lhe pertencia. Porém nós apesar de não possuirmos nada aceitamos um pouco do que o maligno nos ofertou. 

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Parece que o Deus filho se alterna com o Deus pai nos dando pequenos intervalos de paz e prosperidade para que a utilizemos para seguir o filho, porém insistimos no caminho da iniquidade. O pior de tudo é que quem mais age em nome do senhor são os mais iníquos e que mais se afastam das palavras do Sermão, os falsos profetas, que inclusive propõe ao povo coisas que contrariam diretamente a palavras do filho, são os que mais crescem. 

Porém alguém que não crê, vai agora reclamar em nome de todos aqueles que creem. Se nos livros santos dos que creem sempre é dito que Deus é todo poderoso e que fomos criados a sua imagem, por que essa imagem é tão imperfeita que nem escuta as palavras do Filho? É muito simples colocar no livre arbítrio toda a responsabilidade, pois se fossemos criados a imagem do todo poderoso, por que não veio no pacote, menos ambição e mais solidariedade? Não era necessário lembrar com dor e sofrimento que estamos errando. Se a criatura é semelhante ao criador, os erros da criatura são somente responsabilidade dela?  Por esses erros ela deverá ser punida? 

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Nada faz sentido, por isso há tantos que simplesmente não creem. 

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