O dever da consciência

Sinto dentro de mim um sentimento muito ruim. De verdade, às vezes é difícil abrir os olhos e me levantar.

Não é o medo do dormir, pois sempre vou até o limite para deitar na cama, quase sempre já madrugada, é o medo do acordar.

E o de se interar com o cotidiano dos veículos de comunicação, e observar outras situações que dão calafrio.

Porque praticamente todos os dias eu ouço, leio, vejo alguma coisa lastimável que acontece no Brasil.

Mas eu acredito não ser o único que passe por isso.

Conheço gente até que já entrou em depressão.

E foi por causa da situação política brasileira.

Eu vivo de cultura, de arte, digito no meu amado Blog, há 8 anos, por pura terapia.

E a Arte, a sétima arte, meus livros, foram afetados de maneira direta!

Hoje me dou ao luxo de ter todos os meus 6 títulos disponíveis, e acredito que o presente mais elegante nos dias de hoje é o de um livro.

Evidentemente que doei para diversas Bibliotecas de diversas Universidades.

Lembro-me perfeitamente do terror que antecedeu o fatídico 1 de janeiro de 2019, onde depois de várias doações, pois estava apavorado pensando que Bibliotecas seriam incineradas, cataloguei-os na Universidade Católica de Pernambuco, onde eu me Graduei em Jornalismo e me Pós Graduei em Jornalismo Cultural.

E feito isso, disse a mim mesmo: “agora ningém toca fogo.”.

Continuo afirmando que a minha decisão de escrever aqui, foi como um cumprimento de cosciência, caso contrário, estaria acordado há dez meses e onze dias.

Porque não teria ido para a cama…porque meu cérebro não desplugaria do mundo.

Não hibernaria.

Isso dentro de um formato do ciclo natural humano, ou seja, oito horas por dia.