Valéria Guerra Reiter avatar

Valéria Guerra Reiter

Escritora, historiadora, atriz, diretora teatral, professora e colunista

457 artigos

HOME > blog

O gigante levantou em 29 de maio de 2021

O gigante levantou em 29 de maio de 2021 (Foto: Mídia Ninja)

O capitalismo é o pai de todas as drogas.

Ele enfeitiça o incauto; ele adorna o corruptível; ele transforma o lixo cultural em fetiche.

A criminalidade é o oxigênio da meritocracia. A cultura de massa ou subcultura é o tiro de misericórdia no povo. Ele é o estertor do indivíduo subnutrido (sem arte e sem comida).A pobreza é apenas uma invenção dos Exploradores que ao longo de sua jornada humana vem surgindo do ócio negativo: e estão no topo da pirâmide, se perpetuando geracionalmente.

Difícil um honesto/inteligente enriquecer; isso é tarefa para os desonestos/mercenários.  A mídia foi classificada como o sistema conjuntivo da Sociedade, como disse Shirky (2011); seu papel é de conectar e nutrir o organismo; no caso em questão: o social.

A indústria cultural de massa é mais um artifício imperialista de dominação dos "amorfos cidadãos" sem vez, que aceitam sua condição: ser mediado por uma torpe mídia compactuada e parasita de jogadores de futebol bilionários e cantoras que cantam com as nádegas; e de forma desafinada enchem seus bolsos com fortunas; que poderiam dar fim a fome e a miséria do globo.

E sob este pano de fundo estapafúrdio ressurge das cinzas do nazifascismo; um grupo alegórico que se elege (democraticamente?) “fazendo arminha” e prometendo exterminar 30.000 petistas. Mas até hoje são 461 mil que vieram a óbito, e são brasileiros “ceifados" pelo vírus “Sars-Cov-2" em sua facilitada virulência. Eles tombaram em berço esplêndido e sob a mira do olhar de um fantoche que representa o carcomido neoliberalismo, e chefia a quase nação (agora periférica); uma pátria que segundo seu slogan de campanha; só está abaixo de Deus: fake news.

Aliás, foi de fake news em fake news que tal grupelho de direita se enfronhou no comando do país; e isso trouxe muita dor e ranger de dentes. Só que no dia 29 de maio, o gigante acordou; colocou máscara; utilizou álcool gel e saiu às ruas (mantendo o distanciamento necessário) e gritou resoluto: FORA BOLSONARO!

Há famintos, há arruinados, há professores morrendo dentro de Escolas ( geridas por desajuizados) e falta vacinas; mas a imprensa corporativa: abre um olho e fecha o outro, quando conta para você leitor: as notícias sobre  o “levantar do gigante”, no histórico 29 de maio. É de se esperar, pois a globalização é um novo mercantilismo exploratório...que avança por mares “tenebrosos digitais”. Seu mote é colonizar mentes. E seu impacto sobre o jornalismo (obviamente) refletirá grandemente o modelo empresarial. E nadar contra a corrente impositiva da concentração do poder capitalista em mãos que fazem do lucro seu senhor: é para os heróis da resistência, que se tornam formadores de opinião pública crítica; com hibernação do senso comum que migram da dimensão da latência para o estado de reativação da opinião explícita a respeito de qualquer injustiça.

Ainda bem que existe jornalismo saudável e com senso crítico para respaldar os fatos.

#247vanguarda

#Jornalismohistórico 

#LEIABRAZILEVIREBRASIL

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.