O golpe criou um monstro: A “Semi República Federativa do Brasil”
O semi presidente criou o Ministério da Segurança Pública, que nada mais é do que um desmembramento do Ministério da Justiça. Sem forçar a barra, ficamos com dois semi ministérios. Pra que servem? E a justiça? O que faz neste caos institucionalizado? Se torna, também, um semi poder
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É o tal negócio, um copo com água pela metade, está meio cheio ou meio vazio, ou nenhuma coisa nem outra? A resposta correta é... Depende. Mas, depende do quê? Diria eu, da mensagem que se deseja transmitir, não é mesmo? Então basicamente depende de várias situações. Do momento, do contexto, da perspectiva, da sede, da maldade, da bondade, do pessimismo, do otimismo... e por aí vai, certo?
Pois bem, o Brasil está neste impasse: estamos numa semidemocracia ou semiditadura? A resposta é a mesma que na questão do copo.
A única certeza que temos é que o golpe, dado por um bando de vigaristas, transformou o Brasil no país dos “semis”.
O próprio golpe ainda não se firmou. As forças esquerdistas e progressistas à sua maneira ainda lutam. Os canalhas não se sentem seguros. A sombra do PT, da Dilma e principalmente do Lula ronda suas vidas bandidas. Então, temos um semigolpe?
Mais. Temer é presidente? Certamente, não! Não é! Não foi eleito. Era vice, sabia o significado do cargo. Chorou numa carta imbecil dessa situação. Apresentou um fajuto projeto, a “Ponte para o futuro”, que nada mais é que um montão de asneiras neoliberal. Não foi aceito pela Dilma porque não era o programa de governo aprovado pelas urnas em 2014. Meio que se fingindo magoado, traiu a Dilma na primeira oportunidade.
Traidor, traidor, traidor. Pior espécie de humano. O traidor só trai quem nele deposita confiança ou quem gosta dele. O traidor nunca trai o inimigo. Este não confia nele mesmo.
Mal sabia a presidenta que seu vice era um conspirador nojento (desculpem o pleonasmo). Sem escrúpulos, se tornou testa de ferro dos interesses da quadrilha. Entreguista, lesa-pátria por convicção cogitou mudar o sistema de governo para o semipresidencialismo, seja lá o que diabo significa isto.
Oras, automaticamente, a dinâmica do congresso teria que se adaptar à nova realidade. Teríamos um semiparlamentarismo. Ficaríamos com dois semi poderes.
E a justiça? O que faz neste caos institucionalizado? Se torna, também, um semi poder. O semi judiciário. Pra alguns vale o que está escrito na constituição, para outros a convicção, a interpretação, o domínio do fato e até leis do século XIX. Que beleza!
Outra coisa. Houve intervenção no Rio de Janeiro? Não! Claro que não! O que existe é uma semi intervenção. Só na segurança. O Pezão, o governador, continua. Digamos se tornou semi governador. E o general meio que manda no estado.
As Forças Armadas são nacionalistas ou semi nacionalistas? Os golpistas estão destruindo o país. Acabando com as maiores empresas. A BOING americana será dona do sistema de defesa brasileiro. Não desenvolveremos e nem venderemos aviões. A PETROBRÁS daqui à pouco será doada à ganância internacional. Riquezas minerais e terras entregues à exploração estrangeira. A indústria naval, exterminada... E os homens fardados não fazem nada. Nem reunião para expor suas preocupações estratégicas...
O semi presidente criou o Ministério da Segurança Pública, que nada mais é do que um desmembramento do Ministério da Justiça. Sem forçar a barra, ficamos com dois semi ministérios. Pra que servem? Pra nada. Ou pra inglês ver. A violência não se combate apenas com armas.
O golpe criou um monstro. A “Semi República Federativa do Brasil”.
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