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Davis Sena Filho

Davis Sena Filho é editor do blog Palavra Livre

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O golpismo do ministro Barroso e do Congresso — O status quo de olho em Lula

O parlamentarismo foi derrotado duas vezes pelo povo brasileiro. Será que o juiz Roberto Barroso não entende? Parlamentarismo é golpe!

Ministro Luis Roberto Barroso e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
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O ministro do STF, Roberto Barroso, é representante e porta-voz importante da poderosa e rica direita brasileira dentro do Judiciário. A direita com verniz de civilizada para inglês ver. Barroso é o status quo de olho em Lula. Parlamentarismo é golpe!

O problema do juiz do Supremo Com Tudo, Roberto Barroso, e dos golpistas do Congresso Nacional que ele apoia é que o povo brasileiro não estará disposto a perder sua soberania de escolha e decisão quanto a eleger o presidente da República em outubro de 2022. Por favor, cara pálidas e coxinhas, avisem ao lavajatista Roberto Barroso, porta-voz do Grupo Globo no Supremo e perseguidor de Lula, que os brasileiros, em plebiscito de 1993, escolheram o regime presidencialista como modelo de governo. O parlamentarismo é uma das muletas da casa grande brasileira e seus inúmeros setores e segmentos para autocraticamente tirar poderes de presidentes democráticos, distributivistas e progressistas, a exemplo de Lula.  

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Aliás, avisem ao juiz de punhos de renda Roberto Barroso que o parlamentarismo foi derrotado em 1963, quando o gaúcho João Goulart, o trabalhista Jango, também em plebiscito, recuperou seus poderes presidenciais pela decisão soberana do povo, que também escolheu o presidencialismo em detrimento do parlamentarismo, que o juiz Barroso apoia vergonhosamente em 2022, com a maior cara de pau, porque a finalidade, como todo mundo sabe, inclusive os inocentes, é impedir que Lula, se vencer as eleições, governe com plenos poderes, pois, se eleito, torna-se o representante legítimo do poder emanado e concedido pelo voto soberano do povo. Barroso não consegue parar de dar golpes. É um lamentável vício dos inquilinos da casa grande tupiniquim de terceiro mundo, que vão ao exterior mostrar "civilidade", mas que dentro do Brasil não passam de ridículos bárbaros...

Por sua vez, todo mundo sabe e compreende, até os que fingem não entender e compreender, que o juiz do STF, Roberto Barroso, é parte dos juízes que transformou a principal corte de Justiça do País em Supremo Com Tudo, a desacreditar e desmoralizar o importante Poder da República, quando muitos magistrados interditaram o processo político e eleitoral e interferiram nas eleições de 2018, o que acarretou a eleição de um político fascista e perigoso como Jair Bolsonaro, que juntamente com "seus" generais desprovidos de projeto para o País e programa de governo, estão a desmontar criminosamente o estado brasileiro. E sobre isso, incontáveis juízes e procuradores não estão nem aí para situação tão grave, pois o que importa é manter, a ferro e fogo, os privilégios e benefícios que a pequena e a grande burguesia podem auferir, como sempre ocorreu nos cinco séculos da terrível história do Brasil.

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O que importa à direita entreguista e eternamente colonizada é entregar o patrimônio público e tirar o estado do povo brasileiro, conforme apregoou em evento o chicago boy, Paulo Guedes, ministro ultraliberal do fascista presidente Jair Bolsonaro. Tirar o estado dos brasileiros significa impedir que um presidente desenvolvimentista como o Lula tenha ferramentas e instrumentos para que o estado seja o indutor do desenvolvimento, além de fiscalizador, regulador e regulamentador da economia, de forma que o capitalismo seja menos selvagem e a população tenha acesso a uma vida de melhor qualidade, ou seja, ter sossego e paz para viver, trabalhar e estudar. Sem justiça não há paz! E a ausência de justiça social favorece o enriquecimento dos empresários e banqueiros.

Evidentemente que não são todos os juízes que rezam pela cartilha do golpismo e da iniquidade, a exemplo do Barroso. Reconheço isso, apesar de saber que a maioria de poder e mando dos tribunais superiores foi cúmplice de um terrível golpe de estado contra uma presidente mulher, de esquerda, reeleita legitimamente e legalmente, que foi alvo e vítima das piores canalhices e violências que um ser humano pode fazer contra aquele ou aquela que não lhe agrada ou se recusa a atender suas reivindicações e interesses, geralmente muitos apropriados a bandidos, de toda monta e tamanho.

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E foi o que ocorreu com a presidente trabalhista Dilma Rousseff, quando tentaram chantageá-la, sob a liderança do deputado golpista, Eduardo Cunha, o que foi imediatamente rechaçado pela corajosa mandatária, que preferiu enfrentar um golpe bananeiro com o subterfúgio de impeachment, do que ficar de joelhos perante verdadeiros bandidos que hoje dominam o pior Congresso da história, que agora deseja mudar o regime de governo do País, de presidencialista para parlamentarista, de forma a prejudicar, como já disse, um possível governo Lula.

Barroso, o juiz pró-parlamentarismo, é um dos magistrados do Supremo Com Tudo, que foi cúmplice e apoiou o golpe bananeiro de terceiro mundo, que é a cara e o focinho da "elite" escravocrata brasileira, a qual pertence tal juiz de punhos de renda. Ele afirma aos quatro cantos que é a favor do semipresidencialismo. Como fiel integrante de sua classe social, os ricos, e voz ativa da UDN do século XXI, a desenterrar Carlos Lacerda dos idos de 1950/1960, a verdade é que o juiz Barroso apoia mais um novo golpe contra a democracia e a soberania popular.

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Um golpe para ser efetivado pela direita, se possível agora em 2023, por meio da implementação do parlamentarismo, que os malandros donos da autoritária ideia mudaram o nome, para disfarçar a pilantragem, para semipresidencialismo, como fizeram também com o programa Bolsa Família, agora chamado cinicamente de Auxílio Brasil. Barroso faz coro com um Congresso de recente histórico golpista e de direita, além de controlado pelo Centrão. É mole ou quer mais, cara pálida?

A verdade é que Roberto Barroso age com hipocrisia e cinismo, tão caros aos que militam no campo da direita como ele e não sabem mais o que fazer para impedir que o ex-presidente Lula volte ao poder central como presidente da República. Para isso, é necessário se utilizar de casuísmos, golpismos e todos tipos de ismos que possam ser retirados dos arsenais de um establishment elitista e violento do qual faz parte juízes como o Barroso, que tem por prioridade dentro do STF agir em prol dos interesses políticos e econômicos de uma burguesia amante do atraso e do retrocesso, assim como praticante de ações e atos anacrônicos, que tem apenas por finalidade se dar bem na vida como o fazem todos os espertalhões que levam uma vida como verdadeiros parasitas do trabalho e empenho dos trabalhadores, que são os verdadeiros responsáveis pela riqueza dos ricos, a quem Barroso tão bem atende em suas demandas nadas sociais e republicanas.

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E assim se comporta o juiz Barroso, que até o fim dos processos contra o Lula o considerou culpado por meio de seus votos no Supremo, por considerar, mesmo com o desmonte irresistível das mentiras, armações e dos inúmeros crimes de autoria do bando da Lava Jato por parte de procuradores que atuaram como jagunços do Direito, associados a um juiz criminoso e que hoje tem a cara de pau e a insensatez de se candidatar a presidente da República, quando a realidade é ele deveria estar preso por ter cometido crimes em série, como se fosse um autêntico serial killer.

E daí, cara pálida?! Mesmo assim Barroso, um juiz ideológico e que se tornou apoiador dos mais fiéis das ações deletérias da súcia da Lava Jato, continuou a considerar que Lula incorreu em crimes de corrupção, como demonstraram seus votos condenatórios e persecutórios, pois eivados de preconceitos, injustiças, autoritarismos e partidarismos, de forma que considerou o presidente Lula, a despeito de que literalmente nada foi comprovado contra ele, o responsável por ter se aproveitado do cargo de presidente para beneficiar a si e seu grupo político, mesmo o juiz vendo debaixo de seu nariz a comprovação de que a Lava Jato não passava de uma quadrilha perigosa de delinquentes ambiciosos pelo poder e vaidosos por fama.

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Hoje desmoralizados e desacreditados por terem seus crimes expostos de maneira retumbante, tais procuradores e juiz que compunham a quadrilha da Lava Jato hoje estão no limbo da sociedade e à espera de serem esquecidos e, com efeito, não serem punidos, conforme seus incontáveis crimes, que um dia terão de ser julgados pela Justiça brasileira, que um dia haverá de ser justa e republicana, a ser democratizada para que os mais pobres possam, enfim, ter acesso pleno à Justiça, como apregoa a Constituição Cidadã, que foi criminosamente violada por juízes, procuradores, delegados e políticos, com o indelével apoio da imprensa corrupta e golpista, à frente dela o Grupo Globo.

Porém, Barroso, apesar de toda patifaria e perversidade que se cometeu contra o Brasil e o povo brasileiro nos desgovernos direitistas, entreguistas e fascistas de Michel Temer e Jair Bolsonaro, o juiz do Supremo Com Tudo continua a fazer o jogo antidemocrático, antipopular e antinacional daqueles políticos que querem permanecer no poder para impedir que um governo de perfil progressista e de esquerda assuma novamente a Presidência e reinicie os programas e projetos de desenvolvimento social e econômico, assim como volte a defender os interesses do País nos fóruns internacionais, já que há seis anos o Brasil nas mãos da direita desprovida de projetos e programas passou a ser considerado um pária de âmbito mundial.

Entretanto, para disfarçar seu indisfarçável golpismo, Roberto Barroso, alega, inacreditavelmente, pois seguro de que é um magistrado que age e atua em uma republiqueta de bananas, que o semipresidencialismo, ou seja, o parlamentarismo, regime que o Brasil não tem tradição alguma, permitirá "destituir" com facilidade "governos que percam sustentação política". Seria cômica, se não fosse trágica a frase ou pensamento do ministro do Supremo Com Tudo. O que o Barroso quer? Respondo: que haja facilidade para que a Casa Grande dê um golpe de estado, seja ele parlamentar ou não, contra um presidente eleito pela soberania popular. Barroso pensa que está aonde? Na Inglaterra, França, Espanha ou países nórdicos, dentre outros, inclusive o Japão?

Alguém tem que avisar o juiz Barroso que ele é juiz de republiqueta, onde as regras e as leis não são obedecidas, onde, inclusive, atua um Exército eternamente sem participar de guerras e que desde a escravidão do Brasil Colônia e Império intervém na política, pois lamentavelmente equivocado ao pensar que fazer política é parte de suas obrigações constitucionais e institucionais. Alguém tem de avisar o Barroso que o Supremo foi o avalizador e garantidor de um golpe de estado recentemente acontecido, que destruiu a economia brasileira e que trouxe dor e desassossego à toda a Nação, em todos os sentidos e em todos os segmentos e setores da sociedade brasileira.

Acorda Barroso! Seja legalista e responsável. Ainda não aprendeu com as tragédias que foram e são os desgovernos Temer e Bolsonaro? Ainda não sabe que golpes nunca acabam bem em lugar nenhum? Quando vai para o exterior não sente vergonha de ser juiz de uma republiqueta de bananas, ainda mais quando os gringos se reportam ao golpe e ao Bolsonaro? E aí vem com esse papo de semipresidencialismo? Vai continuar com o golpismo? Não sente vergonha? Parlamentarismo é apenas golpe e sem-vergonhice, malandragem e picaretagem. Chega! O Brasil precisa urgentemente ser civilizado e edificar seus marcos civilizatórios. O parlamentarismo foi derrotado duas vezes pelo povo brasileiro, que o rejeitou em 1963 e 1993. Será que o juiz Roberto Barroso não entende? Parlamentarismo é golpe! É isso aí.

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