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Celso Raeder

Jornalista e publicitário, trabalhou no Última Hora e Jornal do Brasil, é sócio-diretor da WCriativa Marketing e Comunicação

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O príncipe da privataria quer voltar

A melhor vantagem competitiva de Fernando Henrique nas urnas vem, por mais absurdo que possa parecer, do Poder Judiciário. Desde a era Aristides Junqueira, o "engavetador geral da República", até os dias atuais, a omissão da justiça debocha da opinião pública

temer fhc fernando henrique cardoso  (Foto: Celso Raeder)
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Os últimos movimentos feitos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não deixam dúvidas: é ele o candidato do PSDB para as eleições de 2018. O velho tucano já se vangloriou por ter derrotado Lula duas vezes, sinalizando aos conservadores de que é capaz de repetir a façanha. Agora, abate o governador de São Paulo, dando a entender que Geraldo Alckmin é um candidato com voo de galinha. O "príncipe da privataria" não está sozinho no delírio de voltar ao Palácio do Planalto. Ele é apoiado pelos barões da mídia, banqueiros e Fiesp, a CIA, e num estalar de dedos trás para dentro de sua campanha o PMDB e todas as outras legendas que sustentam o governo corrupto de Michel Temer. E como o Judiciário brasileiro tem, digamos, uma estranha complacência com a roubalheira dos políticos entrincheirados no PSDB, só falta tirar o ex-presidente Lula do jogo eleitoral para se consumar o projeto de poder da elite usurpadora brasileira.

Essa candidatura extemporânea não será oficializada antes de abril ou maio. Até lá serão lançados balões de ensaio na mídia, plantando no inconsciente coletivo a volta do "salvador da pátria, o homem do plano Real que salvará mais uma vez a economia". Até lá, o trabalho sujo fica por conta de Michel Temer, Henrique Meirelles e também do seu eterno aliado, Pedro Parente, o homem que entregou de bandeja R$ 10 bilhões da Petrobras às hienas de Wall Street.

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Fernando Henrique é o candidato dos amarelinhos da CBF, dos Power Rangers do MBL, do Alexandre Frota, da Joice Hasselmann, da Janaína Pascoal, da nata da lata do lixo. O cenário está todo montado para a construção da maior farsa eleitoral da História do Brasil, e só falta a Justiça fazer a parte que lhe cabe nessa pantomima, condenando e inviabilizando a candidatura de Lula. Curiosamente, a primeira vítima dessa conspiração não é o candidato do PT, mas sim Jair Bolsonaro, o bucéfalo, que diante da inviabilidade eleitoral para a presidência, vai mesmo é garantir sua boquinha como deputado federal.

Fernando Henrique Cardoso não resiste a um confronto direto de biografias com o presidente Lula. Responsável pelo esfarelamento da indústria brasileira, quando mergulhou o país num processo de globalização onde não estávamos preparados para competir com o mercado externo, de uma hora para outra fez desaparecer milhões de empregos no Brasil, para deleite do empresariado chinês. Antes de FHC o Brasil fabricava de tudo: vestuário, embalagens, utensílios, vidraçaria, autopeças, navios, tudo made in Brazil. Hoje, até a escova de dente que usamos vem da China.

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Lula desmonta em dois segundos qualquer discurso pseudomoralista do tucano Fernando Henrique. Corruptos não faltam no poleiro do PSDB. Além do mais, se o príncipe da privataria não recuar, essa vai ser uma ótima oportunidade para resgatar a verdade de todo o processo de transferência da entrega da riqueza brasileira para o bolso de uns poucos vabagundos, cujos nomes estão relacionados no livro de Palmério Dória, "A Privataria Tucana".

A melhor vantagem competitiva de Fernando Henrique nas urnas vem, por mais absurdo que possa parecer, do Poder Judiciário. Desde a era Aristides Junqueira, o "engavetador geral da República", até os dias atuais, a omissão da justiça debocha da opinião pública. O escândalo Banestado, uma roubalheira de 124 bilhões de dólares no governo tucano, envolvendo políticos e grandes empresas, incluindo aquela que detém o monopólio das comunicações no Brasil, não deu em absolutamente nada. Sempre é bom lembrar que o juiz que esteve à frente do caso é o mesmo Sérgio Moro de agora.

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O "bebê de Rosemary" das elites chama-se Fernando Henrique Cardoso. A turma do Bolsonaro, o bucéfalo, pode espernear à vontade, mas esse não é um jogo para amadores. Numa disputa polarizada entre FHC e Lula, o "mito do fascismo" não passará de 8% de intenção de votos. E se por conta da pressão popular Lula conseguir disputar a eleição, é bom que o petista fique atento: a Globo levará ao ar, em formato de minissérie, o fracasso de bilheteria nos cinemas chamado: Polícia Federal – a lei é para todos, um mês antes das eleições. Vai ser um festival de baixarias para eleger Fernando Henrique.

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