O PT voltou sim às bases sociais e por isso vai vencer

Faltam 3 dias e o meu work in progress continua. 

Pra quem vem me acompanhando, desde quando eu comecei essa saga, deve se lembrar do quanto reclamei a ausência de Lula no início do segundo turno. Não da sua presença física porque é impossível, mas da sua essência.

Parecia que a campanha de Haddad evitava o nome de Lula. Havia um esforço sobre-humano em se constituir um grande pacto, mesmo que a custa de algumas cláusulas do projeto de governo. E a questão que se colocava era: a estratégia para a virada é a improvável aliança com partidos que se mostram, desde o início, reticentes a uma aliança?

Vale a pena insistir com FHC, Marina, Ciro Gomes, Alckmin (muitos desses amargaram uma terrível derrota, inclusive em termos de bancada no congresso)? Ou se deveria, ao contrário, voltar às bases sociais, que sempre deram sustentação ao PT, e ali recuperar votos que haviam sido perdidos no primeiro turno? 

A vitória acachapante de Lula, nas primeiras pesquisas, tinha como fonte essas bases sociais. Ao que tudo indica, foi feita a correção de rumo e, na semana passada, a presença de Haddad no nordeste acenou dessa direção.

O discurso de Mano Brown, na última terça-feira, no Rio, não disse outra coisa. O que, acrescido aos fake news, sustentados por caixa 2, e já devidamente documentados pela imprensa, começa a dar os primeiros sinais de uma grande virada. 

Mas só faltam 3 dias. Lutamos contra o tempo. Não é hora de festa, como dizia Brown. Acho até que os grandes comícios perderam o sentido nesse momento. Cada um agora tem a sua missão particular. A militância não é uniforme e nem deve ser. Já nem é mais uma questão partidária. O discurso do louco no último domingo foi a gota d’água.

 Vamos vencer.