O que é e por que a campanha “fora Temer”?
Este governo interino golpista acelera a destruição do SUS, dos direitos dos velhos, dos trabalhadores e na aplicação do terror na perseguição de lideranças jovens, intelectuais e trabalhistas, como se tivesse que servir a alguém a quem se submete
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Prezado amigo Terapeuta Eduardo Campaña, Quito, Equador
Hoje me surpreendi com um vídeo que girou pelo what1s app com uma pessoa fazendo o papel de repórter entrevistando outras que ela denominou de “coxinhas”. Estas se reuniam em forma de protesto com bandeiras, faixas e gritos “fora Temer”.
A entrevistadora perguntou ao grupo o que aconteceu se antes gritaram “fora Dilma”. A resposta foi reveladora do quadro nublado e confuso para muitas pessoas. “Enganaram-nos dizendo que Dilma era corrupta e em troca nos deram Temer, que é, ele sim, corrupto e está acabando com todos nós. Agora queremos que a Dilma volte para salvarmos o Brasil enquanto é Brasil”, disseram as entrevistadas.
Nota-se muita ira contra Temer por toda a parte no Brasil, inclusive pelo mundo a fora. Assim o indicam as pesquisas de opinião mostrando o governo golpista em flagrante declínio de avaliação.
Quem era raivosamente contra Dilma e, agora, honestamente, revisa sua posição, pede a volta da Presidenta gritando pela expulsão de Michel Temer do governo.
Gritar “fora Temer” com tanto desprezo por ele e com unanimidade crescente, como não acontecia desde a ditadura, nos faz perguntar por que.
Como já escrevi neste blog várias vezes, a primeira causa da rejeição é o povo ser abastecido por notícias veiculadas pela internet e pelos movimentos sociais revelando o caráter traidor de Michel Temer, muito diversas do noticiário imposto pela mídia familiar e golpista. A traição é a forma com que ele e seu grupo de assaltantes chegaram ao poder. Isso dá muita raiva popular. O povo não gosta de seus traidores. Prefere muitas vezes um corrupto que rouba mas faz do que um traidor que nada faz pela sociedade na sua maioria.
Segunda, porque a traição redunda em golpe. Temer traiu para dar um golpe de Estado ferindo a democracia. Ou para dar um golpe acalentado por ele e sua turma, traiu.
O debate sobre o falso impeachment afirma que o golpe de Estado se caracteriza por rasgar a Constituição.
Isso equivale a rasgar o Alcorão para os Islamitas, a Torah para os judeus e a Bíblia para os cristãos, tirando toda a referência de valores para as comunidades.
Golpes anteriores suspenderam a Constituição do Brasil enquanto grupos espúrios afrontaram a democracia e pisaram na soberania nacional, vendendo o País, vomitaram nos direitos humanos ao ponto de destruir a liberdade de organização e de edificação da cidadania.
Além de afrontar as eleições que conduziram a Presidenta Dilma ao executivo federal, já em si ato de significado hediondo, o golpe já sinaliza com destruições de conquistas recentes mais fundamentais para o País e para o nosso povo.
Este governo interino golpista acelera a destruição do SUS, dos direitos dos velhos, dos trabalhadores e na aplicação do terror na perseguição de lideranças jovens, intelectuais e trabalhistas, como se tivesse que servir a alguém a quem se submete.
Os solavancos que o golpe provoca no orçamento nacional fazem o País tremer e suar frio, sobressaltado. Os custos em bilhões de reais já nos fazem calcular o quanto o golpista e traidor Michel Temer danificará a todos nós economicamente. Depois o indigitado mesquinhamente corta gastos na manutenção do Palácio da Alvorada com a Presidenta Dilma, que é direito dela, e ameaça encolher os investimentos em todos os programas sociais.
Isso tudo e muito mais é o golpe de Estado aplicado pelo traidor Temer. O golpe se evidencia em consequências reais nas nossas vidas e não num Brasil abstrato.
Mas, como acontece com a realidade na sua dinâmica contraditória, o povo começa a se dar conta de que caiu numa enroscada com as mentiras da mídia e com o ódio da direita, na sua ladainha falsa de combate à corrupção.
Os apelidados de coxinhas já começam a perceber que o “fora Dilma e lava junto o Lula e o PT” não passava de um slogan repetitivo nascido das redações de revistas e jornais de tendência racista, branca e fascista com a intenção de enganar o povo e de criar fábricas de coxinhas, enroladinhos e boiadas sem reflexão.
A Presidenta Dilma cada vez mais se conscientiza de que a aliança com a turba de uma confederação de mesquinhos e suspeitos de desvios de poderosas riquezas públicas, sempre levados pela pobreza de espírito dos que se apossam do Estado e das estatais em benefício próprio, comportamento de que é exemplar Eduardo Cunha, foi um erro que desviou seu governo da agenda nacionalista e do desenvolvimento sustentável com maior e mais profundo compromisso com a justiça social. Numa entrevista ao jornalista Kiko Nogueira, do site Diário do Centro do Mundo, perguntada sobre Michel Temer ser escolhido como seu vice-presidente respondeu que não tinha como adivinhar seu caráter traidor e ainda que “faz parte da traição a pessoa não mostrar suas reais intenções. Se mostrasse, não seria traidor”, disse a Presidenta. Portanto, ela é corajosa e não vitimista, pronta a reconstruir um governo que seja fiel com as propostas que emergem da sociedade organizada.
Os movimentos sociais atuantes na Frente Brasil Popular e na Povo Sem Medo, que combatem permanentemente o golpe, sabem que a luta tem que incluir toda a sociedade, aproximando mortadelas e coxinhas, como se diz popularmente, na limpeza para arrancar os traidores do governo e recompor uma agenda de interesse da Nação, do povo e da retomada do desenvolvimento, corrigindo erros cometidos pelo segundo governo Dilma.
Medidas fortes têm que ser tomadas nos próximos dias. Uma delas é a de preparar uma poderosa greve geral que ponha de joelhos os golpistas e os expulse do senário do Estado.
“Fora Temer“ é mais do que grito indignado, mas mobilização inquestionável muito além das redes sociais com o povo nas ruas e, ao mesmo tempo, ocupando os ministérios, o SUS, o Banco Central, o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e parando o Brasil para dispará-lo liberto do golpe!
Crianças, adolescentes, jovens, adultos, mulheres, homens e velhos, a maioria do povo brasileiro, temos que nos dar as mãos para a empurrada final contra a desgraça golpista que, se não a enfrentarmos agora, nos destruirá por décadas.
- Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz sociais.
- Dom Orvandil, OSF: bispo cabano, farrapo e republicano, presidente da Ibrapaz, bispo da Diocese Brasil Central e professor universitário, trabalhando duro sem explorar ninguém.
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