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      Leandro Fortes

      Jornalista

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      O que fazer com bolsominions arrependidos?

      "As recentes crises de arrependimento do cineasta José Padilha e do cantor Dinho Ouro Preto são emblemáticas dentro desse processo porque ambas são, claramente, uma ação oportunista de lavagem de biografia", avalia o jornalista Leandro Fortes, do Jornalistas pela Democracia; "Dinho é uma viúva dos tempos de glória do rock nacional, do mesmo jeito que Netinho, na Bahia, se debate sobre a memória do axé. Fraco, despolitizado, apavorado com o esquecimento, tornou-se um adesista profissional, faz tempo"

      O que fazer com bolsominions arrependidos?

      Por Leandro Fortes, para o Jornalistas pela Democracia

      O mais novo dilema da esquerda (não só a namastê, registre-se) é o que fazer com os bolsominions arrependidos.

      É uma discussão necessária por duas razões: essa pessoas votaram deliberadamente em um candidato fascista e oligofrênico, quase que exclusivamente por ódio de classe; estão pulando do barco com menos de quatro meses de governo, por covardia e oportunismo.

      A vida, a literatura e a História já demonstraram, exaustivamente, que as conversões direita-esquerda são muito mais raras que o contrário, por razões diversas, a principal delas, a possibilidade de ganhar uma vaga na Globo News.

      As recentes crises de arrependimento do cineasta José Padilha e do cantor Dinho Ouro Preto são emblemáticas dentro desse processo porque ambas são, claramente, uma ação oportunista de lavagem de biografia.

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      Padilha sempre se comportou como um boçal, quando o assunto é política. Deu à direita brasileira, de Aécio a Bolsonaro, os argumentos pseudorracionais sobre violência e segurança da forma mais cínica possível.

      Dinho é uma viúva dos tempos de glória do rock nacional, do mesmo jeito que Netinho, na Bahia, se debate sobre a memória do axé. Fraco, despolitizado, apavorado com o esquecimento, tornou-se um adesista profissional, faz tempo.

      Na guerra, toda ajuda é bem vinda. Mas há de se evitar, em algum momento do futuro, a ressurreição dessa gente.

      (Conheça e apoie o projeto Jornalistas pela Democracia)

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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