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Enio Verri

Deputado federal pelo PT-PR

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O seu nome é fracasso

Nem a mídia mais amiga conseguiu disfarçar a ausência de robôs, nas manifestações, desmoralizando ainda mais um ato que, só de ser convocado por um presidente em início de mandato, é um atestado de fracasso

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Bolsonaro tem se mostrado um retumbante fracasso da elite financeira de tentar se apropriar do Brasil. Até sábado (25), com o beneplácito de parte da imprensa de propriedade dos bancos, tentou-se esconder quatro meses de crises ininterruptas. Porém, nem a mídia mais amiga conseguiu disfarçar a ausência de robôs, nas manifestações, desmoralizando ainda mais um ato que, só de ser convocado por um presidente em início de mandato, é um atestado de fracasso. Vazias de gente, mas representativas do ideal da extrema-direita. Manifestantes, em frente à Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, sob urros, arrancaram uma faixa estendida nos pilares da entrada da mais antiga universidade do Brasil, que estampava uma campanha em defesa da Educação. No lugar, estenderam uma em que se glorificava Olavo de Carvalho.

O eloquente gesto revela o nível medonho de ignorância e ódio de quem foi às ruas, no domingo. Este país deu sangue para ter democracia, inclusive o direito de alguns saírem às ruas pedindo o fechamento dos poderes Legislativo e Judiciário. A gasolina não para de aumentar; há mais de 30 milhões de desempregados, entre subutilizados e desalentados; o País inteiro parado por causa de um ajuste fiscal em cima dos pobres, com o nome de reforma da Previdência, e gente pobre vai às ruas pedir o fim do direito de se aposentar, o fechamento de universidades e pelo direito à posse de arma.

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Porém, Bolsonaro sai do dia 26 mais enfraquecido do que entrou. A maioria da classe trabalhadora percebe que ele não governa. Quando não é o seu filho mais novo, é o ministro da Economia, ou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. A deterioração é muito rápida. De janeiro a maio, o percentual de brasileiros que consideraram o governo ruim ou péssimo, passou de 19% para 36%. Já a sua aprovação no mesmo período, despencou de 38,7% para 28,6%. Hoje, jornais de grande circulação e seus âncoras e editores se dizem espantados com a inabilidade do presidente e com o fato de ele não ter um plano de governo, senão a reforma da Previdência. Esse comportamento de parte da imprensa é um escárnio, uma fuga da responsabilidade que esses veículos têm com a eleição de Bolsonaro.

Desde que assumiu, o mandatário aprofunda as crises política, econômica e social. A mais recente foi com o ministro que é o salvo conduto do mercado financeiro para Bolsonaro ter sido conduzido à cadeira Presidencial, Paulo Guedes. Ele não se importou com a ameaça do ministro, de se demitir, caso a proposta da reforma seja desidratada. Segundo Guedes, ele está no cargo apenas para isso. A apropriação da Previdência, a médio prazo, será a entrega do PIB para o mercado financeiro, mais de R$ 6 trilhões. Porém os objetivos são mais ambiciosos e passam por vender todos os recursos energéticos e as eficientes e estratégicas empresas estatais, como Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil, para estatais de outros países. Isso tem nome, crime lesa-pátria.

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O diálogo entre os dois revela, mais uma vez, que a reforma da Previdência nada mais é do que transferir a superavitária Seguridade Social para o controle do mercado financeiro. Por meio de mentiras, o governo tenta convencer a população de que a reforma é necessária para o País e boa para os pobres, pois vão pagar menos e ganhar mais. O governo ameaça, dizendo que o País quebra, caso a reforma não seja aprovada. Desde o início de 2019, com os mais modernos equipamentos, acesso às mais privilegiadas informações e cercado de técnicos de altíssima competência, o governo ainda não conseguiu identificar claramente qual será a taxa de crescimento, em 2019. Ele não faz a projeção de um ano, mas afirma que a Previdência vai entrar em colapso, em 10, 20 anos. O governo se vale, inclusive, de pessoas famosas muito bem pagas para dizerem à população que a reforma é boa para os pobres e vai combater privilégios.

O governo quer retirar 40% da aposentadoria de um privilegiado do RGPS, que recebe até R$ 2 mil. Já os bancos, não pagam nem 8% do que lucram. E seus donos não pagam um centavo de IRPF dos lucros e dividendos auferidos dos investimentos. A defesa da educação, da soberania e da Previdência, passa, necessariamente, pelo restabelecimento da democracia, com a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enfrenta um kafkiano processo persecutório cujo alvo não é apenas ele, mas o próprio Brasil. Dia 30, milhões de brasileiros vão mostrar a Bolsonaro que eles exigem respeito. Ao invés de armas e redução de direitos, a nação precisa retomar o seu desenvolvimento, com criação de empregos e inclusão dos pobres da roda da economia.

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Os brasileiros não precisam ser tratados desta forma. Bolsonaro já disse e demonstrou que não acredita, mas, o povo que conduziu este País à 6ª economia mundial, tirou 36 milhões de pessoas da fome e criou cerca de 20 milhões de empregos formais, pode fazer novamente. Porém, é necessário resistir aos ataques deletérios e, somente as ruas, onde os robôs do Bolsonaro não vão, dará a força necessária para a pressão que demoverá o governo de implementar políticas que transformem o Brasil em um país-fazenda à serviço do desenvolvimento de outras nações. Dia 30 será maior.

 

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