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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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O tiro de Bolsonaro saiu pela culatra

"Ele ficou descontrolado por saber que o novo chefe da PF estava sofrendo pressões para colocar na chefia do Rio um delegado sem nenhum vínculo com Bolsonaro", diz Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia. Ele acrescenta que o escolhido para a PF nacional, Tácio Muzzi, é "ex- braço direito de Ricardo Saadi, que pediu demissão por pressão de Bolsonaro"

(Foto: Divulgação)
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

Bolsonaro armou todo esse furdunço, que começou pela demissão de seu ministro da Justiça, tido como pilar de seu governo, com um objetivo específico: nomear um delegado de sua confiança para comandar a PF no Rio de Janeiro.

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Derrubar Moro e o diretor-geral da PF, primeiros obstáculos aos seus planos, ele conseguiu, mas daí em frente o caldo entornou.    

Quis nomear Alexandre Ramagem, amigo da família no cargo de diretor-geral; seu xará do STF, Alexandre Moraes barrou, a pedido do PDT.

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Bem, se eu não posso indicar Ramagem, vou indicar um amigo de Ramagem, deve ter pensado Bolsonaro.

Ramagem indicou seu braço-direito na Abin, Rolando Alexandre de Souza, Bolsonaro concordou e tudo parecia estar caminhando bem, tanto é que uns 15 minutos depois de tomar posse, também a toque de caixa, ele derrubou o superintendente do Rio, Carlos Henrique Oliveira.

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Tudo isso aconteceu na segunda-feira, dia 4.

Na manhã seguinte, Bolsonaro protagonizou aquele acesso de fúria, teve um dia de Hitler, quando bradou que não tinha nada contra o superintendente e que não precisava proteger seus filhos de investigações, além de xingar a “Folha” e mandar jornalistas calarem a boca.

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Agora pode-se entender que ele ficou descontrolado por já saber que o novo chefe da PF estava sofrendo pressões para colocar na chefia do Rio um delegado sem nenhum vínculo com Bolsonaro, para impedir uma rebelião interna e evitar que a instituição ficasse exposta, o que impediu a nomeação de um dos preferidos do ainda presidente e, ainda por cima, a escolha recaiu em Tácio Muzzi, ex- braço direito do ex-superintendente Ricardo Saadi, que pediu demissão, no ano passado, por pressão de Bolsonaro.

O tiro de Bolsonaro saiu pela culatra.

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