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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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O tucano e o petista diante da nova ditadura

Escrevendo sobre entrevista de Ricardo Kotscho, membro do Jornalistas pela Democracia, com o ex-ministro da Justiça de FHC, José Carlos Dias, o também membro do Jornalistas pela Democracia, Alex Solnik, aponta que "diante de uma nova ditadura que está à nossa porta, dessa vez gerada pelo voto, a saída mais sensata seria essa: unirem-se, de novo, petistas e tucanos", "mas vá dizer isso a petistas e tucanos!", pondera

Ex-presidentes FHC e Lula. (Foto: FHC e Lula)
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

“Na época das Diretas Já nós estávamos todos juntos, no mesmo palanque. Depois, nós nos separamos e nos iludimos e hoje estamos vivenciando uma situação terrível”.

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 Eu não estava presente quando o advogado José Carlos Dias disse isso, mas suponho que ele tenha dito olhando nos olhos do jornalista Ricardo Kotscho, que o entrevistava para a Folha de S. Paulo.

Isso porque ele não falou apenas aos leitores do jornal, mas pessoalmente ao jornalista: Dias foi ministro da Justiça do governo Fernando Henrique; Kotscho foi secretário de imprensa do governo Lula da Silva.

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Estavam ali, frente a frente, um petista e um tucano.

Quando disse “nós nos separamos”, o advogado quis se referir também a ele e ao jornalista, representando ali naquele momento todos os tucanos e petistas que, por amor à liberdade, estiveram juntos na campanha vitoriosa que derrubou a ditadura militar, mas a seguir se tornaram fervorosos adversários e, por fim, inimigos irreconciliáveis, como se viu em 2018, quando o PT atacou mais Alckmin que Bolsonaro.

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Alckmin era o inimigo a derrotar.

Diante de uma nova ditadura que está à nossa porta, dessa vez gerada pelo voto, a saída mais sensata seria essa: unirem-se, de novo, petistas e tucanos.

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Poderiam, unidos, barrar o autoritarismo.

O PT é o segundo maior partido do país, com 1 milhão e 400 mil filiados; o PSDB é o quarto, com 1 milhão e 300 mil. Têm três ex-presidentes da República.

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Mas vá dizer isso a petistas e tucanos!

O PT caminha cada vez mais para a esquerda; o PSDB, para a direita.

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Nada mais os une, tudo os separa.

Tucanos e petistas vão continuar iludidos achando que, cada um por si, têm força para ganhar a próxima eleição presidencial e arrancar a extrema-direita do poder.

Tenho certeza, porém, que José Carlos Dias e Ricardo Kotscho vão continuar amigos.

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