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Alex Saratt

Alex Saratt, professor de História nas redes públicas municipal e estadual em Taquara/RS e dirigente sindical do Cpers/Sindicato.

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O X da questão

A centralidade das lutas de tecido econômico e social tem poder, profundidade e emergência. Partindo delas - e não do inverso - é possível acoplar as demais. O povo, hoje absorto e magnetizado pelo discurso fácil e demagógico, precisa nos ouvir como quem é ouvido, do contrário reagirá com desinteresse e até desprezo. Não é tarefa simples, mas o que já fizemos ao longo da História nos dá sustento para resgatar caminhos óbvios

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Não gosto do termo "cirandeiros". É tão despropositado quanto "pobre de Direita". Como naquela canção "quem tem consciência para ter coragem" estipula saudar a liberdade, a democracia, a unidade na diversidade, o contraditório e o conflituoso como elementos para sínteses.

Isso não significa, entretanto, abdicar das críticas e mesmo das recusas. Voltando no tempo, aquilo que chamamos contemporaneamente de "ciranda" talvez coubesse no trecho "e acreditam nas flores vencendo o canhão". Uma coisa é pleitear a utopia - aquela que nos faz caminhar - outra é transformar o terreno de lutas num pântano.

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A gravidade e agudeza do que se passa em nosso país exige foco, centralidade, resolução de questões imediatas e estruturantes da Política, sob pena de que nos percamos na curva e, pior, alimentemos dissonâncias e cizânias que só contam para os inimigos.

Perdoem e permitam dizer, mas precisamos definir grandes pautas e causas, amplas, abrangentes, decisivas, para recompor o mínimo de condições que tragam a roldão as justas demandas de segmentos não raras vezes majoritários da população.

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A crise múltipla que vivemos é a expressão superficial de problemas mal resolvidos e mal tratados ao longo da História e da pequena oportunidade que tivemos entre 2003-2016. Há uma viragem histórica e um ciclo se abrindo diante de nossos olhos e é fundamental saber operar em circunstâncias contrahegemônicas, de resistência e acumulação de forças.

Lamentável, mas a Esquerda - em todas as suas formas orgânicas ou organizativas - não levou a termo os dados reais e concretos. As eleições - aquelas que "não resolvem nada" - são um momento ímpar de medida do que se passa, de quais possibilidades e prognósticos, da (in)capacidade que temos de construir em meio ao destructo geral - prática e projeto do neofascismo.

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Sem demérito às reivindicações erroneamente apontadas como segmentadas, afinal se discutimos sociedade tudo está em relação, contexto e processo, é hora de afunilar discursos e programas que orientem e dialoguem com os temas que afligem a quem representamos: carestia, arrocho salarial, desemprego, fome e miséria e morte pela COVID, dando sentido conjunto e unitário. Se não foi possível unir nas chapas e candidaturas, que se unifique no discurso e ataque.

A centralidade das lutas de tecido econômico e social tem poder, profundidade e emergência. Partindo delas - e não do inverso - é possível acoplar as demais. O povo, hoje absorto e magnetizado pelo discurso fácil e demagógico, precisa nos ouvir como quem é ouvido, do contrário reagirá com desinteresse e até desprezo. Não é tarefa simples, mas o que já fizemos ao longo da História nos dá sustento para resgatar caminhos óbvios.

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