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Altamiro Borges

Altamiro Borges é responsável pelo Blog do Miro - Uma trincheira na luta contra a ditadura midiática

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Odebrecht amansará pitbull do Itamaraty?

Nem bem tomou posse como ministro das Relações Exteriores do covil golpista, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) desembestou a rosnar contra importantes parceiros do Brasil. Esta tragédia, porém, talvez seja contida com a recente delação de um ex-executivo da Odebrecht, que garantiu ter repassado R$ 500 mil ao truculento ministro

Plenário do Senado durante sessão não deliberativa. Em pronunciamento, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado (Foto: Altamiro Borges)
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Nem bem tomou posse como ministro das Relações Exteriores do covil golpista, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) desembestou a rosnar contra importantes parceiros do Brasil. Em entrevistas à mídia colonizada, o pitbull do Itamaraty desqualificou o Mercosul. Na maior caradura, o tucano - que defendeu "sangrar" a presidenta Dilma e conspirou contra a democracia no país - também criticou "a escalada autoritária na Venezuela". Com estas e outras bravatas, o falastrão confirmou que será um desastre para diplomacia brasileira. Esta tragédia, porém, talvez seja contida com a recente delação de um ex-executivo da Odebrecht, que garantiu ter repassado R$ 500 mil ao truculento ministro. Diante da denúncia, o valentão tende novamente a se acovardar e a fugir dos holofotes.
 
Segundo matéria de Bela Megale, publicada na Folha deste domingo (12), "o ex-diretor da Odebrecht Carlos Armando Paschoal, conhecido como CAP, relatou em delação premiada o pagamento de R$ 500 mil por meio de caixa dois para a campanha ao Senado de Aloysio Nunes, que tomou posse na semana passada como ministro de Relações Exteriores. O repasse, segundo o delator, ocorreu em 2010, quando o tucano se elegeu o senador mais votado da história de São Paulo, com mais de 11 milhões de votos, 30% do total. Segundo CAP, o pedido por dinheiro foi feito pelo próprio Aloysio e as entregas foram realizadas em duas ou três parcelas em hotéis na zona sul da capital paulista".
 
Ainda de acordo com a reportagem, "o ex-executivo disse a procuradores da Lava Jato que o tucano designou uma pessoa de sua confiança com quem foram combinadas senhas e endereços de entrega dos recursos. Segundo a prestação de contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Aloysio Nunes arrecadou R$ 9,2 milhões naquelas eleições. A Odebrecht não aparece entre os doadores. CAP é um dos 78 delatores da empreiteira que firmaram acordo com a Lava Jato. Ele atuava no contato junto a políticos e na negociação de doações para campanhas eleitorais de São Paulo. As colaborações foram homologadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A PGR (Procuradoria-Geral da República) deve pedir nos próximos dias a abertura de inquéritos para investigar os políticos citados".
 
"Aloysio Nunes não foi o único tucano citado por CAP. Como a Folha revelou em outubro, consta na delação do ex-executivo o pagamento de R$ 23 milhões de caixa dois para a campanha presidencial de José Serra de 2010, incluindo repasses por meio de conta na Suíça. Serra antecedeu Aloysio no cargo de ministro das Relações Exteriores e pediu demissão no mês passado alegando problemas de saúde. CAP também detalhou o pagamento em espécie para as campanhas de 2010 e 2014 do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Conforme reportagem da Folha, um dos operadores foi Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama Lu Alckmin".
 
Esta não é a primeira vez que Aloysio Nunes é citado em delações premiadas de empreiteiras que corromperam o Estado brasileiro. Segundo vazamento recente da Lava-Jato, o "chanceler" também aparece nos depoimentos de Léo Pinheiro, sócio da OAS, que apontaram propina na construção do Rodoanel, em São Paulo. Em outra delação premiada, que já está homologada, o nome do tucano é citado por um executivo da UTC. Segundo Walmir Pinheiro, ex-diretor financeiro da empreiteira, uma doação de R$ 200 mil foi feita em espécie para sua eleição em 2010 por meio do advogado Marco Moro, amigo do político que cuidou das finanças da campanha. O STF abriu em 2015 um inquérito para investigar este caso, mas ele segue em segredo de Justiça.

Pelo jeito, o novo "chanceler" não tem apenas o bico afiado. Ele também sujou um bocado o poleiro tucano!

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