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Laurez Cerqueira

Autor, entre outros trabalhos, de Florestan Fernandes - vida e obra; Florestan Fernandes – um mestre radical; e O Outro Lado do Real

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Os EUA nasceram com a mão no coldre

"Um país que mata presidentes eleitos como Abraham Lincon, James Abraham Garfield, John Fritsgerald Kennedy, persegue e mata os seus como no macarthismo, vive com o dedo no gatilho. O atirador de Las Vegas, que fuzilou 59 pessoas, ferindo mais de 100 outras, estava com dez fuzis no quarto do hotel, de onde disparou contra 40 mil pessoas que se divertiam num show", diz o colunista Laurez Cerqueira; "Os Estados Unidos deixaram de ser referência de sociedade há muito tempo. Eles hoje são referência bélica, de ganância, de doenças sociais mais graves decorrentes da decadência do capitalismo"

"Um país que mata presidentes eleitos como Abraham Lincon, James Abraham Garfield, John Fritsgerald Kennedy, persegue e mata os seus como no macarthismo, vive com o dedo no gatilho. O atirador de Las Vegas, que fuzilou 59 pessoas, ferindo mais de 100 outras, estava com dez fuzis no quarto do hotel, de onde disparou contra 40 mil pessoas que se divertiam num show", diz o colunista Laurez Cerqueira; "Os Estados Unidos deixaram de ser referência de sociedade há muito tempo. Eles hoje são referência bélica, de ganância, de doenças sociais mais graves decorrentes da decadência do capitalismo" (Foto: Laurez Cerqueira)
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Os Estados Unidos nasceram com a mão no coldre, prontos para sacar o Colt 45.

Cresceram, o futuro prometido, de referência da democracia, que até Karl Marx botou fé, deu lugar a uma nação terrorista, a mais temida do mundo. Matam até os seus, como, por exemplo, em Las Vegas, Kennedy, em 1963, e 59 pessoas em 2017.

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Ao ponto de varrerem do mapa duas cidades, Hiroshima e Nagasaki, apertando botões, despejando bombas atômicas sobre populações indefesas.

Têm a maior máquina de mídia e de guerras do mundo, e vive a invadir e subordinar outros países onde estão instalados negócios de seus magnatas.

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Por onde passam, deixam rastros de sangue.

Tenho imensa admiração por uma parte da população que conseguiu sedimenta a democracia com valores e ideais de justiça e liberdade. Mas do ventre da sociedade nasceram também monstros que se espalharam em legiões pelo mundo, como embaixadores da morte.

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Justas ressalvas e homenagens devem ser feitas às cidadãs e cidadãos que lutam pela democracia real, contra a estupidez que se formou nos Estados Unidos e lhe deu como filho bastardo Wall Street.

Lá, famílias têm armas em casa, dão armas de brinquedo aos filhos para aprenderem a brincar com a morte.

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Aqui, os pais dão bolas para as crianças para aprenderem a brincar com a vida. Para meninos e meninas.

O Brasil tem bola no pé. Vive pronto para driblar. Armas, raríssimas famílias as têm em casa.

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Mas, depois de um longo reinado no futebol, veio aquele 7 a 1 da Alemanha, em 2014. Junto com uma conspiração do parlamento com a mídia e o judiciário, se transformou em impropérios gritados contra Dona Dilma nos estádios. Encheu as ruas vestidos com camisas da CBF e a derrubou.

Queriam o país ainda mais americanizado, mas com o que há de pior nos Estados Unidos: o conservadorismo republicano, a sombra do macarthismo, a caretice do "cidadão de bem" da Ku Kux Klan e a doutrina McNamara.

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O Brasil que crescia e incluía socialmente os deserdados, desandou.

A elite econômica e grande parte da classe média conservadora perderam o juízo num surto de decadência inimaginável.

Outra coisa que deixou muita gente desconfiada foi aquela rezação em campo. A seleção parecia vitrine de igrejas evangélicas.

Entraram numas de terceirizar os jogos para Jesus, como se ele tivesse obrigação de fazer os gols e não os próprios jogadores.

Parece até que o Brasil foi passado para trás por um juiz ladrão.

Mas mesmo com tudo isso, entre bola no pé e arma em punho, melhor bola no pé. Bola é brinquedo.

Um país que mata presidentes eleitos como Abraham Lincon, James Abraham Garfield, John Fritsgerald Kennedy, persegue e mata os seus como no macarthismo, vive com o dedo no gatilho.

O atirador de Las Vegas, que fuzilou 59 pessoas, ferindo mais de 100 outras, estava com dez fuzis no quarto do hotel, de onde disparou contra 40 mil pessoas que se divertiam num show.

Disseram que o Estado Islâmico reivindicou o atentado. Tenho sempre um pé atrás com atentados nos Estados Unidos. Ainda mais nestes tempos de pós verdade.

A jornalista Karen Armstrong, que escreveu Campos de Sangue e a História da Violência, mostra a construção do inimigo, pelos Estados Unidos, utilizando religião, para justificar as invasões bárbaras que eles fazem no mundo.

Olhemos para a França, a Finlândia, Islândia, Noruega, Dinamarca e outros países civilizados.

Os Estados Unidos deixaram de ser referência de sociedade há muito tempo. Eles hoje são referência bélica, de ganância, de doenças sociais mais graves decorrentes da decadência do capitalismo.

Cuidado! Eles estão com a mão no coldre.

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