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Antônio Carlos Silva

Coordenador da Corrente Sindical Nacional Causa Operária – Educadores em Luta e membro da direção nacional do PCO. Professor da rede pública do Estado de São Paulo.

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Pacto com Bolsonaro: Dino e a frente ampla sem limites à direita

É uma proposta para desarmar totalmente a classe trabalhadora deixando-a à reboque da política da direita, a ser negociada com o próprio Bolsonaro

Jair Bolsonaro e Flávio Dino (Foto: PR | LULA MARQUES)
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Na última semana, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), tentou – sem sucesso, por hora – estabelecer um pacto com o próprio presidente ilegítimo Jair Bolsonaro, a pretexto de combater a crise e o desemprego.

A proposta foi enviada em ofício ao capitão fascista, na qual o “comunista” amigavelmente propôs 

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"Considerando este cenário desafiador, gostaria de sugerir uma reunião liderada por V. Exa. com os governadores e os presidentes das confederações empresariais e centrais sindicais para que possamos construir um “Pacto Nacional Pelo Emprego”, com medidas emergenciais de geração de emprego e renda“.

Bolsonaro a rejeitou e ridicularizou apresentando uma “banana” para o “comunista” maranhense. 

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No pacto proposto por Dino, estavam incluídos, além do presidente, os governadores genocidas, como João Dória, Wilson Witzel, Zema, Ibaneis, Ratinho Jr. etc., responsáveis por implementar a política defendida pelo governo golpista de “socorrer” os capitalistas e deixar a população morrer, os presidentes das maiores entidades patronais do Brasil, como a Febraban (bancos), a CNI (Indústria), a CNA (Agricultura), patrocinadores e apoiadores do golpe de Estado e de todas as medidas adotadas pelos governos Temer e Bolsonaro contra o povo e, para dar uma aparência democrática à esta frente diabólica, representantes das centrais sindicais.

Assim, no melhor dos casos, teríamos três ou quatro representantes dos trabalhadores (é bom lembrar que a quase totalidade das “centrais” são organizações ligadas aos patrões e dirigidas por elementos de confiança deles) endossando um “pacto” presidido pelo próprio Bolsonaro.

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É claro que desse encontro dos piores inimigos do povo não se poderia esperar, seriamente, que se adotassem quaisquer medidas emergenciais para geração de emprego e renda, como sugere o governador, uma vez que são eles justamente os responsáveis pelas medidas de destruição do emprego e da renda dos trabalhadores e pela própria matança em curso.

A proposta demagógica, além de servir ao propósito de Dino e do PCdoB de fazer campanha eleitoral e se mostrar confiável para a burguesia golpista e, quem sabe assim, ser merecedor de alguma migalha de apoio eleitoral, diante do “precipício” que os as direções da esquerda preveem paras as próximas eleições, busca também apontar para o caminho da conciliação e capitulação diante do próprio governo fascista e genocida como a única solução para fazer frente à situação de catástrofe que se abate sobre o povo.

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A proposta de “união nacional” do PCdoB, ao lado do PSOL e da direita do PT, os mais fervorosos defensores na esquerda da frente ampla com a direita golpista para “se opor a Bolsonaro”, esclarece – de forma definitiva – que a oposição desses setores à realização de atos pelo fora Bolsonaro nada tem a ver com as restrições impostas pela pandemia, com buscam fazer crer. Assim como seus aliados na frente ampla, como FHC e Rodrigo Maia, são defensores do “fica Bolsonaro” e mais ainda “comanda o pacto Bolsonaro”, são – de fato – neste momento, inimigos de qualquer mobilização real dos trabalhadores e da juventude contra o governo que eles querem sustentar e revigorar com iniciativas comuns.

É uma proposta para desarmar totalmente a classe trabalhadora deixando-a à reboque da política da direita, a ser negociada com o próprio Bolsonaro.

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Fica evidente que a capitulação à burguesia genocida e seus governos por parte desses setores da esquerda não tem limites à direita. 

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