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Fabio Foltran

Educador e empresário do setor de saúde

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Para erradicar a mutilação genital feminina é necessário destruir o colonialismo capitalista

A MGF é uma prática violenta, nociva e retrógrada que precisa ser eliminada completamente. Ela ainda persiste nos dias de hoje, no entanto, em grande parte por causa da exploração colonial

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Por Fabio Foltran

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 200 milhões de meninas e mulheres vivas hoje foram submetidas a uma prática chamada mutilação genital feminina (MGF). A grande maioria dessas vítimas vive na África e no Oriente Médio.

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A MGF, também chamada de circuncisão feminina, é a remoção ou alteração da genitália externa de meninas e mulheres jovens, uma prática secular que antecede a religião moderna. Os defensores dessa prática fornecem várias razões para mantê-la, muitas vezes citando tradições culturais e considerando-a equivalente à circuncisão masculina. Mas ao contrário da circuncisão masculina, que em determinados casos é realmente necessária para afrontar uma condição médica chamada fimose, a MGF não apresenta absolutamente nenhuma indicação médica reconhecida pela OMS. Pelo contrário: existe uma longa lista de razões médicas (e morais) pelas quais ela deveria acabar.

A MGF é uma prática violenta, nociva e retrógrada que precisa ser eliminada completamente. Ela ainda persiste nos dias de hoje, no entanto, em grande parte por causa da exploração colonial.

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MGF e exploração colonial

Não é surpreendente que a MGF seja praticada principalmente em lugares onde a exploração capitalista parasitária e a opressão colonial devastaram a população - principalmente na África e em lugares no Oriente Médio. 

Ao roubar a mão-de-obra e os recursos dos colonizados, as pessoas são impedidas de se afastar de tradições ultrapassadas que fazem pouco sentido. São forçadas a permanecer ignorantes e mergulhadas no misticismo, quando existem provas médicas que podem desmascarar muitas das razões apresentadas para continuar a prática primitiva. 

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Enquanto os exploradores usam ciência e tecnologia para remover minerais às toneladas, o povo não têm acesso a informações que poderiam desmistificar práticas sem real fundamento médico. Além disso, a MGF é um negócio lucrativo para muitos profissionais, cuja capacidade de sustentar a si mesmos e a suas famílias depende da prática desse ato hediondo. E é também uma forma de garantir a segurança financeira da menina e de sua família, que pode exigir um preço mais alto pela noiva. 

Para acabar totalmente com a MGF, portanto, é necessário acabar com a dominação colonial capitalista. No capitalismo, as mulheres são consideradas moeda: seja explorada como “trabalhadora do sexo” ou por causa da cultura, o valor da mulher, especialmente das mulheres colonizadas e africanas, torna-se puramente material. 

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Por outro lado, um Estado que dá voz e força aos trabalhadores garante que mulheres e homens possam ganhar a vida contribuindo para o desenvolvimento da nação, e tem condições de implementar políticas contrárias a práticas retrógradas que prejudicam determinados setores da população.

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