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André Barroso

Artista plástico da escola de Belas Artes da UFRJ com curso de pós-graduação em Educação e patrimônio cultural e artístico pela UNB. Trabalhou nos jornais O Fluminense, Diário da tarde (MG), Jornal do Sol (BA), O Dia, Jornal do Brasil, Extra e Diário Lance; além do semanário pasquim e colaboração com a Folha de São Paulo e Correio Braziliense. 18h50 pronto

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Para que interessa o voto impresso?

Sempre ficar atento aos discursos do presidente, onde muitos já conhecem, está sempre flutuando entre delírios, difuso, sarcasmo, cinismo, fakenws e ódio. E tentar deitar na cama à noite, antes lendo um bom livro, pois se deitar com esses discursos presidenciais na cabeça, é capaz de provocar um afundamento involuntário do esterno

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Quando se houve o presidente falando, você tem que ouvir preocupado com doublespeak, fakenews e mentiras deslavadas. Apenas aqueles que acreditam em terra plana, acreditam em discurso sem analisar os pormenores. É um grupo muito grande, mas perdi as esperanças em recupera-los. A insistência e guerra em relação ao voto impresso envolve mais do que o chamado voto de cabresto que a milícia poderia impor. Toda preocupação envolve a permanência no poder de forma que as mudanças sociais possam ser completadas à força. O que deixa a direita sem saber se investe numa terceira via ou continua apoiando um governo fascista que cada vez mais afunda o Brasil e toda a América Latina para antes de 1984.

Donald Trump, ídolo de Bolsonaro, sem provas, falava em fraudes nas eleições dos Estados Unidos, onde parte do voto é impresso. A estratégia era tentar á força, várias frentes de batalha para ganhar no tapetão, uma eleição em que já se sabia o resultado, pois nenhum fascismo se sustenta pela vontade popular. Uma frente era pedir recontagem de votos, naqueles estados em que perdeu e criar problemas jurídicos para tentar anulares os votos contrários e manter a margem a favor militarmente. Trump contestou o quanto pôde o até que provocou convulsão social com a invasão do Capitólio, deixando três mortos. A possibilidade de ter fraudes com voto impresso possibilita ter essa fala e lutar a todo custo, mesmo estando errado. Isso permite até operações para plantar votos falsos e estratégias sórdidas para fazer de tudo para ganhar.

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Por aqui não houve aprendizado. Apenas a certeza de que aqui poderia dar certo. Hoje serve como cortina de fumaça para os problemas deste governo, como todo tipo de pacote que está passando pelo congresso, como água. Desde privatizações, aumentos de tarifas e etc. Bolsonaro persegue este tema há anos. Sua última tentativa foi em 2015, ainda como deputado. Seu nome já esteve envolvido em fraudes na época do voto em papel. O tumulto por aqui, pode acontecer com mais convulsões sociais e até um possível golpe forçado.

Mais grave é o desgaste que o presidente faz ao TSE, colocando a população contra as instituições democráticas. Se antes, parte da população cheia de ódio, já fez ataques antidemocráticos às instituições, imaginem no auge do presidente desesperado na contagem de votos, quando irá insuflar a todos para irem às ruas. E talvez armados. No Brasil, os coronéis têm saudades do famoso voto de cabresto, ter pressão no voto comprado e manter na linha a população local como fazem as milícias e traficantes em comunidades. Essa realidade, faz parte dos conceitos preconizados pelo presidente que usa as redes sociais e imprensa para colocar o tema desde já na boca do povo e preparar estrategicamente o campo para a eleição.

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Com baixa popularidade, Bolsonaro não tem mais prestígio em parte do Congresso, que mesmo tendo Arthur Lira como seu grande aliado, já se percebe falta de apoio a medidas que não são partilhadas de população como um todo. O Supremo teve que se unir para dar um retumbante não ao projeto do presidente e vamos ter muitos desdobramentos por parte do Planalto sobre essa questão, que terá insistência constante até o ano que vem. É uma irresponsabilidade colocar em dúvida a lisura do processo eleitoral sem apresentar provas, colocando em risco a democracia brasileira.

Sempre ficar atento aos discursos do presidente, onde muitos já conhecem, está sempre flutuando entre delírios, difuso, sarcasmo, cinismo, fakenws e ódio. E tentar deitar na cama à noite, antes lendo um bom livro, pois se deitar com esses discursos presidenciais na cabeça, é capaz de provocar um afundamento involuntário do esterno.

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