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Tereza Cruvinel

Colunista/comentarista do Brasil247, fundadora e ex-presidente da EBC/TV Brasil, ex-colunista de O Globo, JB, Correio Braziliense, RedeTV e outros veículos.

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Paulo Rocha: Temer age no limite da irresponsabilidade

Para o senador Paulo Rocha (PT-PA), o governo de Michel Temer atingiu o limite da irresponsabilidade com a decisão improvisada de privatizar a Eletrobrás em busca de recursos para reduzir o rombo fiscal e amortizar a dívida pública que fez crescer em níveis alarmantes.  “Não se trata apenas de entregar na bacia das almas o patrimônio construído em décadas pelo povo brasileiro, e nem só da inevitável elevação dos custos da energia. Trata-se do risco de levar ao colapso um sistema complexo", diz o senador, em entrevista à jornalista Tereza Cruvinel; apesar da euforia do mercado, entretanto, até mesmo uma agência de risco como a Moodys, através de sua analista Cristiane Spercel,  criticou a medida em nota

Para o senador Paulo Rocha (PT-PA), o governo de Michel Temer atingiu o limite da irresponsabilidade com a decisão improvisada de privatizar a Eletrobrás em busca de recursos para reduzir o rombo fiscal e amortizar a dívida pública que fez crescer em níveis alarmantes.  “Não se trata apenas de entregar na bacia das almas o patrimônio construído em décadas pelo povo brasileiro, e nem só da inevitável elevação dos custos da energia. Trata-se do risco de levar ao colapso um sistema complexo", diz o senador, em entrevista à jornalista Tereza Cruvinel; apesar da euforia do mercado, entretanto, até mesmo uma agência de risco como a Moodys, através de sua analista Cristiane Spercel,  criticou a medida em nota (Foto: Tereza Cruvinel)
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Para o senador Paulo Rocha (PT-PA), o governo de Michel Temer atingiu o limite da irresponsabilidade com a decisão improvisada de privatizar a Eletrobrás em busca de recursos para reduzir o rombo fiscal e amortizar a dívida pública que fez crescer em níveis alarmantes.  “Não se trata apenas de entregar na bacia das almas o patrimônio construído em décadas pelo povo brasileiro, e nem só da inevitável elevação dos custos da energia. Trata-se do risco de levar ao colapso um sistema complexo, composto por geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia, algumas das quais são privadas mas operacionalmente são coordenadas pela Eletrobrás.  Foi esta reengenharia do sistema que nos tirou do apagão vivido no governo FHC e garantiu estabilidade no fornecimento.

O ingresso de novos acionistas neste sistema pode comprometer perigosamente seu funcionamento integrado”, disse Rocha ao 247.   Senador pelo Pará, ele recorda que a maioria das geradoras do sistema Eletrobrás estão na região Norte, tais como Tucuruí, Belo Monte, Jirau e Santo Antonio, estas últimas privadas mas integradas ao sistema.

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A evidência de que o anúncio foi improvisado, diz ele, está claramente demonstrada pelo fato de o próprio governo não ter apontado um modelo claro de privatização, se através da venda das ações que o governo controla (51%),  ou se através de lances em leilão, como nas privatizações da era FHC.   Outro sinal de que não houve qualquer planejamento, mas uma decisão imposta pelo agravamento da crise fiscal, diz ele, está na avaliação absolutamente incorreta da empresa em R$ 20 bilhões, valor inferior a qualquer uma das grandes usinas hidrelétricas do sistema.

Haverá uma forte resistência política e jurídica, prevê o senador. Na mesma linha, o líder do PT na Câmara, Carlos Zaratini, requereu ontem à CVM informações sobre eventual movimentação atípica das ações da Eletrobrás na Bolsa nos últimos dez dias. Em função do anúncio da privatização da empresa, houve ontem uma disparada no valor das ações da Eletrobrás na Ibovespa, da ordem de 49%, suscitando dúvidas sobre eventual vazamento de informação privilegiada. Embora Zaratini não chegue a mencionar tal suspeita em seu requerimento, ela está no intertexto.

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Apesar da euforia do mercado, entretanto, até mesmo uma agência de risco como a Moodys, através de sua analista Cristiane Spercel,  criticou a medida em nota, conforme publicado por O Globo: “O plano do governo de privatizar a Eletrobras é negativo ao crédito, sobretudo porque introduz incerteza sobre em que medida o governo suportaria a Eletrobras em momentos de necessidades inesperadas. O plano cria também distrações para a administração que podem atrapalhar outras iniciativas, incluindo a estratégia de reestruturação da companhia iniciada em novembro passado . Qualquer impacto sobre os ratings dependeria de um detalhamento maior sobre a forma da privatização, compradores potenciais, bem como de um cronograma específico para qualquer conclusão da operação.”

Ou seja, no limite da irresponsabilidade, o governo Temer começa a espantar até as agências de risco que, apesar do rombo fiscal, não rebaixaram a nota do Brasil.

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