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Jeferson Miola

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Pavor dos Bolsonaro: imprensa sabe o que fizeram no verão passado

"A estratégia do clã Bolsonaro no escândalo Queiroz é de um primitivismo rudimentar e até pueril. Eles se iludem que, fugindo e se escondendo da justiça, o escândalo pode desaparecer, cair no esquecimento ou deixar de existir. Pensamento mágico", diz o colunista Jeferson Miola; "Os Bolsonaro pensam que estão driblando todo mundo, mas na realidade estão tropeçando nas próprias pernas"

Pavor dos Bolsonaro: imprensa sabe o que fizeram no verão passado (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
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A estratégia do clã Bolsonaro no escândalo Queiroz é de um primitivismo rudimentar e até pueril. Eles se iludem que, fugindo e se escondendo da justiça, o escândalo pode desaparecer, cair no esquecimento ou deixar de existir. Pensamento mágico.

Considerando os detalhes escabrosos descobertos até aqui, é compreensível a dificuldade da família conseguir apresentar uma versão coerente e consistente, que consiga ficar em pé. Por isso eles precisam fugir.

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O caso Queiroz é como a metáfora citada pelo falecido juiz do STF Teori Zavascki: “a gente puxa uma pena e vem uma galinha”. Ou seja, o “rolo” do Queiroz é apenas uma pequena ponta de um iceberg muito mais profundo, abrangente e antigo.

O R$ 1,2 milhão movimentado atipicamente por Queiroz mediante o desvio do salário de funcionários laranjas e fantasmas [inclusive filhas e esposa] é, presumivelmente, a falcatrua mais branda a que os Bolsonaro estão chamados a esclarecer.

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As ilicitudes praticadas nos gabinetes parlamentares dos Bolsonaro não são “apenas” as conhecidas e condenáveis práticas de “caixinhas” que financiam atividades dos mandatos.

Existem fortes indícios de movimentação milionária de dinheiro. Em 3 anos, só pelas contas do Queiroz passaram R$ 7 milhões. Suspeita-se de associação criminosa e negócios imobiliários que encobrem ilícitos de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.

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E, mais grave que tudo isso, é a revelação de laços que supostamente vinculam o clã dos Bolsonaro ao submundo das milícias e da criminalidade do Rio de Janeiro.

No GGN, Luis Nassif mencionou a Operação Quarto Elemento [ler aqui], que investiga a participação de agentes da PM e paramilitares no assassinato da Marielle e do Anderson e cujos integrantes da organização criminosa atuaram como segurança de Flávio Bolsonaro e de atos de campanha do governador eleito, o bolsonarista Willson Witzel.

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O jornalista Lauro Jardim, no O Globo, divulgou que Queiroz se escondeu na favela de Rio das Pedras, que “É a segunda maior favela da cidade e dominada da primeira à última rua pela milícia mais antiga do Rio de Janeiro” [ler aqui]. Como fugiu de depoimentos e se refugiou no aparelho das milícias, o gesto do Queiroz caracteriza clara afronta ao Estado de Direito.

Em resposta à nota que a defesa de Queiroz lhe enviou mentindo que o ex-motorista ficara na casa da filha no Itanhangá, Lauro Jardim fulminou: “Queiroz passou alguns dias, sim, na favela de Rio das Pedras (entre os dias 17 e 20 de dezembro)”.

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A situação dos Bolsonaro se agravou sobremaneira. Eles estão vivendo, na vida real, a agonia representada no filme “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado”.

No filme, adolescentes retornam à cidade onde no verão anterior haviam cometido e ocultado um assassinato, e são recepcionados com um bilhete dizendo “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado”. A partir daí o enredo se estabelece, o inferno se instala e um a um dos jovens implicados no assassinato é justiçado.

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A sobrevivência do Bolsonaro é incerta. A imprensa sabe muito aquilo que a família esconde. A imprensa sabe o que os Bolsonaro “fizeram no verão passado”. Os Bolsonaro pensam que estão driblando todo mundo, mas na realidade estão tropeçando nas próprias pernas.

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