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Eric Nepomuceno

Eric Nepomuceno é jornalista e escritor

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Pazuello: “Ninguém me ama, ninguém me quer”...

“Ninguém quer saber de Pazuello. E colocá-lo num lugar qualquer só para garantir a ele um rechonchudo complemento ao seu soldo de general não garantiria o que realmente interessa: um escudo para que nenhum juiz despeje sobre sua cabeça um mandado de prisão preventiva”, escreve Eric Nepomuceno, do Jornalistas pela Democracia

Eduardo Pazuello (Foto: Reprodução)
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Por Eric Nepomuceno, do Jornalistas pela Democracia

O ainda ministro da Saúde Eduardo Pazuello vive uma situação singular: não tem, pelo menos até agora, para onde ir. E enquanto ele espera um destino, seu substituto, o cardiologista Marcelo Queiroga continua distribuindo mostras – oxalá não se concretizem – de que será um inócuo a assumir a pasta. Outro obediente mais do presidente Genocida.

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As Forças Armadas em geral, e o Exército muito em particular, não querem nem pensar em ter Pazuello de volta. 

Depois de ter emporcalhado a própria farda graças à sua incompetência insuperável e à sua cumplicidade no genocídio levado adiante por Jair Messiar, tê-lo de volta como general da ativa seria corromper ainda mais a já muito corrompida imagem dos militares graças não só ao apoio, mas à sua participação cúmplice no governo do Genocida cada vez mais boçal e descontrolado.

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Não seria problema, num governo coalhado de militares, encontrar uma vaguinha para Pazuello.

O problema é outro, e grave: tem de ser um cargo que assegure a ele a imunidade, traduzida em só poder ser julgado pela corte suprema. Direito assegurado a ministros e ocupantes de cargos correspondentes a um ministério. E onde arrumar isso?

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Ninguém quer saber de Pazuello. E colocá-lo num lugar qualquer só para garantir a ele um rechonchudo complemento ao seu soldo de general não garantiria o que realmente interessa: um escudo para que nenhum juiz de primeira instância despeje sobre sua redondíssima cabeça um mandado de prisão preventiva, a raiz das muitas denúncias de crimes que cometeu enquanto aboletou o corpanzil na cadeira ministerial.

Trata-se, enfim, de um problema a mais para Jair Messias. 

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Além de precisar se virar em trinta para impedir que o quarteto de filhos se livre das investigações às quais estão submetidos, com acusações graves e baseadas, ao menos pelo que se sabe até agora, em mais que robustas evidências, ele ainda tem que proteger seu ministro e impedir que ele também seja levado para uma cela de cadeia ou de quartel (a esta altura, tanto faz...).

A triste sina de Pazuello traz à memória o tremendo samba-canção de Antônio Maria e Fernando Lobo. Aquele que começa dizendo “ninguém me ama, ninguém me quer”, e lá no finzinho conta que “vim ao longo da noite de fracasso em fracasso”.

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No caso do general da ativa que ainda ocupa o ministério da Saúde, porém, essa última frase não corresponde aos fatos.

Afinal, ele vem ao longo do tempo, desde que assumiu o cargo, de fracasso em fracasso a cada minuto de cada hora de seus dias e suas noites.

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E se os fracassos da canção foram de amor, os do general da ativa do Exército brasileiro Eduardo Pazuello se traduzem em dezenas e dezenas e dezenas de milhares de mortes. Todas e cada uma delas por seguir as ordens do Genocida psicopata.

Não importa qual o destino imediato do cúmplice ministerial. 

Ele será recordado sempre pela sua vassalagem cúmplice com o morticínio levado a cabo pelo Genocida, e ainda corre o seríssimo risco de ter como futuro próximo a condução a uma corte internacional de justiça para responder por crimes contra a humanidade.   

Oxalá seja levado, julgado, condenado e fique numa cela até o último de seus minutos de vida. 

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