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Hélio Rocha

Repórter de meio ambiente e direitos sociais, colaborador do 247

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Pequim fez o que São Paulo não quis…

A brasileira ou brasileiro que pega um táxi em Pequim imediatamente se espantará com a fluência do trânsito na cidade. Devagar e sempre, é como funciona por aqui

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Quem já viveu ou passou por São Paulo sabe o que é um trânsito ruim. Ficar parado na Nove de Julho por quarenta minutos sem ver passar um quarteirão, numa segunda-feira às 18h, é das piores coisas que pode acontecer após um dia de trabalho, e é algo corriqueiro no Brasil, principalmente para paulistanos e cariocas, que igualmente sofrem na Avenida Brasil ou na Linha Vermelha. A população carioca ainda tem a vantagem de o trânsito fluir nas suas áreas de elite, como a Zona Sul e a Barra da Tijuca. A paulistana, nem isso.

Por isso, a brasileira ou brasileiro que pega um táxi em Pequim imediatamente se espantará com a fluência do trânsito na cidade. Devagar e sempre, é como funciona por aqui. Mesmo numa via expressa movimentada como o Segundo Anel, que leva a população dos centros econômicos e turísticos, onde há maior concentração de trabalhadoras e trabalhadores, para as áreas residenciais, os carros e ônibus não passam de 50 km/h, ainda que haja espaço para tal. Radares estão instalados para toda a via para garantir.

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E assim, a pessoa com mais memória há de lembrar que isto foi tentado em São Paulo, e com eficácia, pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT, 2012-2016), quando foi duramente criticado por implantar um sistema que comprovadamente reduz o tráfego e os acidentes (e resolveu, ainda que parcialmente, enquanto durou em São Paulo), e que dá mostras de sua eficácia em Pequim. Você não corre, mas também não para. Há ganhos quantitativos, sim, para o motorista. Entretanto, ainda que não se sinta ganhando tempo, certamente não perde em stress. Ou seja, o qualitativo, este sim, está garantido.

Em paralelo, vale lembrar o massivo investimento que a China tem feito em transporte público, dada a situação emergencial que suas metrópoles viviam no final dos anos 1990, quando já tinha havia muito passado do bilhão e perigava colapsar a locomoção nas grandes cidades, impactando a circulação de bens e serviços. Hoje, o metrô de Pequim está com, pelo menos, 22 linhas e 216 estações que chegam a todos os cantos da cidade, com previsão de chegar a mil quilômetros em trajetos construídos. Também há espaço para outros modais, como ônibus e bicicletas, que ajudam a distribuir as pessoas e evitar o colapso do trânsito.

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É a prova de que, se quiser, dá para fazer. O problema é querer...

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