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Fernando Rosa

Fernando Rosa, jornalista, editor do blog Senhor X, especializado em geopolítica.

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Piada de caserna

O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, disse que é "absolutamente proibido fazer proselitismo político" nas fileiras das Forças Armadas e que elas estão "extremamente disciplinadas" e coesas. Antes de mais nada, é de se perguntar: coesas em torno do quê, de alinharem-se servilmente aos EUA, de apoiar a entrega do patrimônio nacional, de permitir a instalação de bases estrangeiras em território brasileiro?

Piada de caserna (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O porta-voz da indisciplina nas FFAA perdeu o senso de realidade. Depois de permitir que a instituição virasse o PARTIDO DO EXÉRCITO, vem com essa pérola na Folha de S. Paulo.

O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, disse à Folha que é "absolutamente proibido fazer proselitismo político" nas fileiras das Forças Armadas e que elas estão "extremamente disciplinadas" e coesas.

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Antes de mais nada, é de se perguntar: coesas em torno do quê, de alinharem-se servilmente aos EUA, de apoiar a entrega do patrimônio nacional, de permitir a instalação de bases estrangeiras em território brasileiro?

É de se perguntar se a coesão é, também, para romper com a história da política externa multilateralista construída pelo general Ernesto Geisel, nos anos setenta, em nome de argumentos ideológicos e/ou delírios pessoais?

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Ou, ainda, em apoiar aventuras de único e exclusivo interesse estratégico dos Estados Unidos na América Latina, particularmente nos casos de Venezuela, Nicarágua e Cuba, rasgando nossa tradição de convivência pacífica com os vizinhos?

A entrevista de Villas Bôas, segundo o jornal, ocorreu antes do discurso feito por Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, em que ele afirmou, sem dar detalhes, que o general era "um dos responsáveis" pela sua chegada à Presidência.

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No mesmo momento, o comandante das FFAA ainda ouviu do próprio capitão-presidente que ele foi "amigo" do general Leônidas Pires Gonçalves, o alvo político de suas ameaças de explodir quartéis, no final dos anos oitenta.

A verdade é que, por quebra de disciplina e hierarquia, temos um governo composto, em mais da metade, por militares que, aliás, organizaram a campanha eleitoral do presidente eleito desde tempos atrás, sob ameaças de golpes.

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Agindo assim, a exemplo de outras instituições nacionais, as Forças Armadas caminham definitivamente para a falência institucional, abrindo mão de seu papel, o que a sociedade brasileira cobrará a seu tempo.

Uma Nação, em especial o Brasil, precisa ter Forças Armadas fortalecidas, valorizadas, mas comprometidas com a defesa nacional, formada por brasileiros que defendam o país, a sua soberania e o seu povo.

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Não de um comando de "congelados" (como na novela da Globo), que retornam no tempo com um "anti-comunismo" de ficção, aliando-se ao que de pior a humanidade produziu nos últimos anos.

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