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Rubens José da Silva

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Piketty no Roda Viva

Thomas Piketty sentiu na pele como é difícil ter uma opinião diferente da mídia tradicional no Brasil. Como no Coliseu, foi jogado às "feras" de nossa imprensa no programa Roda Viva

piketty (Foto: Rubens José da Silva)
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Thomas Piketty sentiu na pele como é difícil ter uma opinião diferente da mídia tradicional no Brasil.

Como no Coliseu, foi jogado às "feras" de nossa imprensa no programa Roda Viva.

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Por se tratar de uma celebridade mundial, os ataques eram dissimulados, afinal, Piketty é um dos mais badalados economistas do momento, autor do best-seller "O capital no século XXI".

Logo de cara, o "isento" mediador do programa, Augusto Nunes, pergunta se ele acredita nas informações do governo brasileiro. Um tanto a contragosto, ouviu que dos dados recolhidos até o momento "há mais desigualdade de renda do que acreditávamos".

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Ferrenho crítico do atual sistema econômico mundial, ele adverte que a contínua concentração da riqueza nas mãos de poucos é uma ameaça à democracia.

E para desespero de nossos "especialistas" em economia, defende uma maior presença do Estado: "políticas econômicas não devem ficar restritas aos economistas".

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Apesar da pouca familiaridade do economista francês com o país, o programa centrou fogo em nossa economia. Tentavam a todo custo que ele soltasse alguma frase desabonadora do governo. Em vão.

Piketty deve estar se perguntando até agora como tantos jornalistas de diversos órgãos podem ter uma mesma visão. Descobriu que além da concentração de renda temos uma alta concentração da informação.

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Um dos "ilustres" entrevistadores chega a dizer, para risos irônicos de todos, que se reunissem os melhores economistas do mundo para implantarem a pior política econômica possível jamais se igualaria a nossa.

A conhecida viralatisse habitual.

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A grande mídia, representada ali pelos entrevistadores, que costuma se indignar com a excessiva carga tributária, destacando o quanto pode o Impostômetro, foi confrontada por Piketty na defesa de uma progressiva taxação da renda, propriedade e herança.

A alusão a uma "distribuição mais democrática dos impostos" não convencia os ali presentes, que pareciam não se importar em sermos um dos campeões mundiais da desigualdade social.

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André Lara Resende, tido como um dos criadores do Plano Real, não se conformava com a explanação do francês em apontar a crescente concentração de renda um empecilho para o crescimento.

Para o economista brasileiro, a possibilidade da riqueza individual é que faz a roda girar, trazendo progresso para o mundo. Cita Bill Gates como exemplo.

Piketty concorda: "algum grau de desigualdade é útil". Porém, acrescenta que se há vinte anos Gates vislumbrasse uma fortuna pessoal dez ou vinte vezes menor, desenvolveria o Windows com o mesmo ímpeto.

E termina o assunto com uma indagação: "precisamos ter tanta desigualdade para termos inovação?"

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