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Miguel Paiva

Miguel Paiva é chargista e jornalista, criador de vários personagens e hoje faz parte do coletivo Jornalistas Pela Democracia

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Pílulas

O colunista Miguel Paiva comenta alguns temas recentes do noticiário brasileiro, tais como: o filme "Minha Mãe é Uma Peça", de Paulo Gustavo, a situação do carnaval carioca diante da gestão de Marcelo Crivella, a contaminação da água da Cedae e da cerveja Belorizontina e a convocação de militares para trabalharem no INSS. Miguel Paiva também questiona: "E a Secom, hein?"

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Casamento gay

Curioso o sucesso do filme Minha Mãe é uma Peça 3, que bateu todos os blockbusters lançados no Brasil na mesma época. O filme é uma comédia, muito bem realizada, como boas tiradas. Apesar da onipresença do ator e produtor Paulo Gustavo com sua personagem excessiva e inquieta, D. Hermínia, o filme flui. Além da história normal contada temos elementos curiosos, como disse antes, justamente por este ser um país com um elevadíssimo número de assassinatos de pessoas trans e de homofobia explícita. A história do filme gira em torno do casamento do filho de D. Hermínia, gay assumido que vai se casar com outro rapaz de igual perfil. Tudo é tratado como um filme clássico de comédia com os preparativos de um casamento. O público adora e o filme termina com uma homenagem ao próprio casamento e família de Paulo Gustavo num manifesto transparente a favor da liberdade de gênero. É no mínimo contraditório ao preconceito estrutural do brasileiro em relação a gays e a tudo aquilo que a moral e os bons costumes não ditam como certo. São dois públicos?  O público se diverte de um jeito e  emite suas opiniões de outro? É um país contraditório, mesmo?

Feira moderna

Neste Rio de Janeiro abandonado à própria sorte fico pensando como será o carnaval. O prefeito já disse que não é chegado. A cidade está ao deus de ará faz tempo. Fiscalização municipal não existe. Resultado: impera a desordem e a falta de segurança. Todos os domingos o Jóquei Clube situado na Zona Sul do Rio realiza uma festa de carnaval com som nas alturas e o povo se divertindo como se não houvesse amanhã. O problema é que existe o hoje e o amanhã e no amanhã o que se vê na porta do Jóquei é um verdadeiro lixão por conta das inúmeras carrocinhas e barraquinhas que assediam os frequentadores da festa. Neste país uberizado nada mais vem organizado. Tudo é resultado de esforço pessoal. O Jóquei não fornece nada que o povo possa comprar e dai, na entrada da festa vale tudo. A pista da rua é ocupada por flanelinhas autônomos, digamos assim, a fumaça do churrasquinho se espalha e o cheiro de gordura suja toma conta do lugar. Num país em crise todos têm que trabalhar, é claro e já que o estado não fornece nem trabalho nem lei trabalhista o que sobra é a feira livre. A cidade vai tentando conviver com essa anarquia sem propósito.

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Cerveja e água

Os tempos andam bicudos. A cerveja cheia de químicos  encontrados nas análises que chegam a matar quem bebe e a água do Rio de janeiro comprometida com coliformes e outras formas que não sabemos de onde vem. Alguns falam de uma doença chamada Privativite que ataca quem bebe água da Cedae ainda estatizada. Vai ser difícil enfrentar o resto do verão sem saber se a cerveja que você bebe está batizada ou se a água que mata a sua sede pode também matar você.

Aposentados e reservistas

Alguém do governo andou falando que os soldados são os mantenedores da democracia. Na hora do aperto chamam sempre os soldados. Pode até ser verdade, mas os problemas não foram resolvidos com a intervenção. Primeiro, soldado do exercito não é polícia, não sabe lidar com uma favela. Aliás, quem sabe? Soldado também não pode  resolver os atrasos do atendimento do INSS. Depois da propagada reforma da Previdência agora fica evidente que o que precisa de reforma é a presidência. Chamar soldados para ajudar a despachar o serviço só vai atrapalhar e trazer novas despesas. Bolsonaro acho que o exercito é capaz de resolver qualquer problema. Engano dele. Poderia ter chamado servidores aposentados do próprio INSS que atraídos pelos 30% a mais não faltariam ao chamado. Soldado toma conta de fronteira e ajuda sim nas tragédias como os incêndios na Amazônia e o óleo nas praias. Faz parte do papel deles. Trabalhar no balcão do INSS?... sei não.

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Mamata

E a Secom, hein? É dando que se recebe.

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