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Eric Nepomuceno

Eric Nepomuceno é jornalista e escritor

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Pleno retrocesso

"Asquerosos cúmplices dessa asquerosidade ambulante", diz o colunista Eric Nepomuceno sobre os eleitores de Jair Bolsonaro

Ato Fora Bolsonaro (Foto: Oliven Rai/Mídia Ninja)
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Por Eric Nepomuceno, do Jornalistas pela Democracia 

O Brasil segue debaixo do impacto do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips.

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A Polícia Federal insiste em que não houe um assassinato combinado previamente, e que os assassinos atuaram por conta própria. 

Não explica, porém, porque há três presos e outros cinco sendo investigados. Ou seja: se há oito pessoas diretamente involucradas ou sob suspeita, o assassinato dos dois não foi obra de uma quadrilha, do crime incentivado pelo governo Bolsonaro na Amazônia?

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Aliás, o presidente ultradireitista viajou esse fim de semana para Manaus, capital do estado onde ocorreu o crime.

Não fez nenhuma menção ao duplo assassinato que sacudiu o país e boa parte do planeta. 

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Participou de um encontro com mercadores da fé e da miséria, auto-intitulados pastores evangélicos, e, claro, de um passeio de motocicleta, em plena – e ilegal – campanha eleitoral com o olho posto em outubro, quando, de acordo com as pesquisas, será massacrado nas urnas.

Jair Messias não faz mais que aprofundar a cada dia sua distância como mandatário mais e mais furioso e com mostras contundentes de sério desequilíbrio psicológico, e o que acontece no país. 

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Agora se sabe, entre outras coisas, que a FUNAI conta hoje, graças a esses três anos e meio de Jair Messias na presidência, com o mesmo número de funcionários com que contava em 2008.

Mas nem de longe é esse o único retrocesso vivido pelo país debaixo da presidência do mais abjeto e absurdo mandatário da história da República.

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O Brasil retrocedeu na economia, no bem-estar da população, na educação, no meio-ambiente, exibindo indicadores que retrocedem em até trinta anos. 

Recessão, pandemia e a destruição de políticas públicas se acentuaram principalmente nos dois últimos anos, reforçando esse processo evidente de retrocesso social no Brasil.

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A fome, por exemplo, alcança pelo menos 33 milhões de brasileiros, 14 milhões há mais do que faz pouco mais de um ano.

São como dez vezes o Uruguai ou Cuba passando fome. Quase uma Argentina inteira.

É o mesmo número que era registrado em 1992. Em 2014, o Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU. Com Jair Messias, voltou. Fato inédito em todo o mundo.

A Cesta Básica custa mais que o salário mínimo. E 38% dos trabalhadores formais ganham um salário mínimo por mês.

Com Jair Messias e o bocoió bizarro que atende pelo nome de Paulo Guedes o PIB brasileiro é comparável al de 2013. 

A produção dos chamados “bens duráveis”, que vão de automóveis a eletro-domésticos, é igual à de dezoito anos atrás.

A evasão escolar de crianças entre cinco e nove anos é igual à de 2012, depois de anos de avanço antes da chegada de Jair Messias. 

E entre os que estudam, a aprendizegem em matemática voltou aos níveis de 2007, e a de português a 2011. 

Na Amazônia, o número de árvores derrubadas nunca – nunca – foi tão grande como agora.

Se em 2012 foram pouco mais de 4.500 quilômetros quadrados, em 2021 chegamos a pouco mais de treze mil.

Desde 2003 o país não vivia índices de inflação tão grandiloquentes como agora.

E o mais dramático é saber que haverá gente, e não é pouca, que em outrubro votará nessa besta imunda chamada Jair Messias.

Mais que masoquistas, serão cúmplices. Asquerosos cúmplices dessa asquerosidade ambulante.

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