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Luciana Oliveira

Jornalista de Porto Velho, Rondônia, e membro da Comissão Nacional de Blogueiros

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Polícia Militar de Rondônia manda parar desfile do maior bloco da Amazônia

O desfile da Banda do Vai Quer Quem Quer na capital de Rondônia, Porto Velho, tinha tudo para ser perfeito. Mas, a poucos metros do encerramento, a Polícia Militar mandou suspender o som nos trios elétricos, deixando 150 mil foliões frustrados

O desfile da Banda do Vai Quer Quem Quer na capital de Rondônia, Porto Velho, tinha tudo para ser perfeito. Mas, a poucos metros do encerramento, a Polícia Militar mandou suspender o som nos trios elétricos, deixando 150 mil foliões frustrados (Foto: Luciana Oliveira)
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O desfile da Banda do Vai Quer Quem Quer na capital de Rondônia, Porto Velho, tinha tudo para ser perfeito.

Mas, a poucos metros do encerramento, a Polícia Militar mandou suspender o som nos trios elétricos, deixando 150 mil foliões frustrados.

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Só porque houve atraso, não porque ameaçou de alguma forma a ordem pública.

Pior, sem nenhum efeito prático, porque a multidão se manteve nas ruas pacificamente.

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A Polícia Militar demorou mais tempo para desobstruir a avenida 7 de setembro do que gastaria acompanhando o desfile até o fim.

Uma cena dantesca chocou quem assistia ou participava do desfile. As viaturas avançaram contra a multidão para fazer com que os foliões fossem embora. Mais pareciam canhões com crianças e cadeirantes na mira, inclusive.

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O maior bloco da Amazônia completou 37 anos, dois a menos que o Galo da Madrugada no Recife, o maior bloco do mundo. Este ano o tema do desfile foi: Contra as Maracutais e a Impunidade, a Banda Promove a Alegria de Verdade, de autoria do carnavalesco e agitador cultural Altair Lopes, o Tatá.

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Faltou bom senso da Polícia Militar, que há muito tempo vem interrompendo desfiles de blocos carnavalescos por pequenos atrasos.

À diretoria da Banda do Vai Quem Quer restou obedecer a ordem insana pra não colocar em risco os foliões.

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O prejuízo é incalculável, porque revela o desrespeito do poder público com o bloco que é o símbolo maior da cultura popular na região.

E, curiosamente, o prefeito e o comandante geral da PM são pernambucanos.

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Na falta de capacidade de compreensão do que significa um bloco tradicional para quem organiza e quem gosta de participar, devem se manifestar pelo dever constitucional do estado e município com a promoção da cultura.

A Fundação Cultural do Município cabe censura imediata contra o abuso e o desprezo da PM, porque se não serve pra defender a Banda, não serve pra absolutamente nada.

“A PM tem que cuidar da segurança, não se meter a fazer gestão de cultura. Não só a Banda, mas vários outros blocos tradicionais sofrem com essa mania absurda da PM de interferir pra prejudicar o carnaval de rua. Já propuseram alteração de locais de desfiles a blocos que têm sua história fundamentada no bairro”, criticou o advogado Ernande Segismundo, presidente do bloco Pirarucu do Madeira.

Fosse uma Marcha Pra Jesus, evento que atrai milhares às ruas a polícia não interromperia por estouro de tempo e jamais expulsaria os fiéis da rua avançando com viaturas em sentido contrário.

Jamais, repito!

E nenhuma manifestação pacífica deve ser impedida!

Como bem disse Simone de Beauvoir, “É preciso erguer o povo à altura da cultura e não rebaixar a cultura ao nível do povo.”

Quem ama promete resistir contra quem odeia o carnaval popular.

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