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José Marcus de Castro Mattos

Poeta, psicanalista

32 artigos

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Por que a Globo é contra a liberdade de imprensa?

As Organizações Globo primam pela não-exibição do contraditório em seus editoriais, comentários e noticiários, praticando à larga, portanto, o desmando, a manipulação e a seletividade com o objetivo ilícito de formar opinião odienta aos governos pautados pela atenção não às elites mas sim à maioria da população brasileira

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A liberdade de imprensa é um facultativo constitucional do Estado Democrático de Direito (EDD) vigente no Brasil a partir da Constituição Federal/1988.

Nesta condição, a liberdade de imprensa em nosso país está necessariamente apensa e submetida ao Estado, à Democracia e ao Direito.

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A liberdade de imprensa brasileira deve pois estrita obediência às instituições formalmente estabelecidas, ao regime político-democrático e ao ordenamento jurídico nacionais.

Some-se a isso o fato de a liberdade de imprensa brasileira encontrar-se subsumida ao dispositivo (também ele constitucional) em acordo com o qual as empresas midiáticas privadas ou públicas são uma concessão e/ou permissão de operacionalidade advindas do Estado – no caso, precisamente, do Estado Democrático de Direito –.

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Resumidamente:

EDD → Concessão Pública → Mídia → Liberdade de Imprensa.

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Assim, a liberdade de imprensa brasileira tem por obrigação legal e ética praticar diuturnamente o respeito às instituições, à democracia e à lei (em última instância, no caso, à Constituição Federal/1988).

Pois bem, a prática de tal respeito implica sobretudo na exibição do contraditório entre as leituras que os diversos agentes sociais fazem quer da realidade nacional quer da estrangeira, de modo que o público receptor de tal contraditório possa – sem constrangimentos de qualquer espécie – formar sua opinião e assim capacitar-se para também intervir nos debates em curso.

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Com efeito, a exibição do contraditório é primacial no e para o Estado Democrático de Direito, constituindo-se em obstáculo intransponível ao desmando, à manipulação e à seletividade característicos da arbitrariedade e da corrupção endêmicas nas práticas formais ou informais pautadas pelo autoritarismo (os fascismos encapsulam e exemplificam, pois, o essencial dessas práticas).

Entretanto, a mais rápida visão, audição e leitura da mídia hegemônica em solo brasileiro – capitaneada, como tal, pelas Organizações Globo – percebe imediatamente que ela se estrutura, agencia-se e faz funcionar seus dispositivos nada menos do que como uma violenta máquina de guerra assestada de maneira direta e frontal contra o Estado Democrático de Direito, não medindo esforços para neutralizar (ou mesmo destruir) os princípios regentes da Cidadania Inclusiva, da Democracia Representativa e da Soberania Popular que dele emergem.

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Especificamente, as Organizações Globo primam pela não-exibição do contraditório em seus editoriais, comentários e noticiários, praticando à larga, portanto, o desmando, a manipulação e a seletividade com o objetivo ilícito de – lançando a liberdade de imprensa (nos moldes do EDD) ao lixo – formar opinião odienta aos governos pautados pela atenção não às elites mas sim à maioria da população brasileira.

E as Organizações Globo o fizeram: comprovadamente, participaram de maneira ativa e respaldante do Golpe de Estado que depôs Goulart e instalou a Ditadura Militar (1964 – 1984), do Golpe de Estado (frustrado) que tentou fraudar a eleição de Brizola para o Governo do Rio de Janeiro (1982), dos governos neoliberais/antipopulares Sarney, Collor, Franco e Cardoso (1985 – 2002), confluindo nos últimos treze anos para uma blitzkrieg cujo alvo mortal é a governança popular do Partido dos Trabalhadores (PT) à frente da Presidência da República (governos Lula e Rousseff a partir de 2003).

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Logo – e aí está a criminalidade maior que se lhes deve imputar –, as Organizações Globo (e seus asseclas) se valem nos dias atuais das garantias constitucionais fornecidas pelo Estado Democrático de Direito para debochá-las e escorchá-las, pisando e cuspindo nelas...

Noutros termos, elas instrumentalizam cinicamente a liberdade de imprensa facultada pelo Estado Democrático de Direito, apresentando-se à cena pública como um dispositivo midiático devotado exclusivamente à perversa liberdade de não-exibir o contraditório: a céu aberto, desmanda-se, manipula-se, seleta-se, conspira-se, legitima-se golpes e forma-se opinião barbaramente avessa... ao contraditório definidor da liberdade de imprensa!

Sim, os 'verde-amarelos' são empuxados às ruas pela leitura a justo título fascistoide da realidade que as Organizações Globo fazem por eles, para eles, através deles, para além deles...

Infelizmente a governança presidencial do Partido dos Trabalhadores (PT) não incidiu como deveria fazê-lo na regulação da mídia em nosso país, de sorte a quebrar o oligopólio econômico sob a tutela das Organizações Globo e exigir com absoluto rigor o cumprimento da liberdade de imprensa (exibição do contraditório, etc) propiciada pelo Estado Democrático de Direito.

O Partido dos Trabalhadores (PT) – e suas grandes lideranças: Dirceu, Genoíno, Lula e Rousseff – estão pagando um preço alto demais por terem deixado em segundo plano tal regulação (preço alto demais também para o país, é claro), possibilitando dessa maneira que as Organizações Globo escrevam mais uma vez para os cidadãos a narrativa que não permite aos próprios cidadãos lerem que a liberdade de imprensa por elas praticada é desmando, manipulação, seletividade, golpismo.

Em resumo, a preservação e a continuidade de nosso jovem Estado Democrático de Direito (Constituição Federal/1988) pressupõem a imediata intimação judicial do oligopólio midiático sob a ordenança das Organizações Globo, acusando-o de ser contrário à liberdade de imprensa, e, pois, criminosamente favorável à desinformação e às leituras não-democráticas da realidade.

Tais leituras, nos alertam os episódios sócio-históricos, poderão reconduzir o país ou para as carrancudas limitações do Fascismo ou para o sorridente 'sem fronteiras' do Neoliberalismo – mas eles não são o mesmo?

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