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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Por que tanta pressa? Para mostrar a Bolsonaro o depoimento de Moro?

"A julgar pelas palavras de Bolsonaro no dia da demissão de Moro, quando admitiu que ele e o então chefe da PF não atendiam aos seus pedidos de acesso a investigações, por isso se desentendia com eles, a primeira tarefa do novo interventor será fazer exatamente o oposto, ou seja, informar ao ainda presidente tudo o que lhe interessar", escreve o jornalista Alex Solnik

(Foto: Agência Brasil)
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Por Alex Solnik, para o Jornallistas pela Democracia 

A posse instantânea do novo interventor na Polícia Federal, Alexandre de Souza, ex-braço-direito de Alexandre Ramagem na Abin, hoje de manhã, meia hora depois de ser anunciado, no gabinete da presidência da República e não na PF nem no ministério da Justiça, sem cerimônia, sem convidados e sem entrevistas revela a pressa que o ainda presidente da República Jair Bolsonaro tinha para consumar sua intervenção na Polícia Federal e, mais precisamente, tomar pé do andamento do inquérito no qual Moro depôs anteontem por mais de oito horas.

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A julgar pelas palavras de Bolsonaro no dia da demissão de Moro, quando admitiu que ele e o então chefe da PF não atendiam aos seus pedidos de acesso a investigações, por isso se desentendia com eles, a primeira tarefa do novo interventor será fazer exatamente o oposto, ou seja, informar ao ainda presidente tudo o que lhe interessar, a começar, é claro, pelo depoimento de Moro, dando-lhe acesso a todas as provas que apresentou.

Imagina-se que Souza, tendo sido nomeado sobretudo por ser amigo do amigo dos Bolsonaro e para cumprir ordens diretamente do presidente da República será estreitamente monitorado pela imprensa e até por seus subalternos e todos seus atos serão vistos com desconfiança, mas vai fazer de tudo para conduzir as investigações, daqui em diante, de forma a incriminar Moro e inocentar Bolsonaro, pois esse inquérito é questão de vida ou morte política para o ainda presidente.

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