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José Ferreira

Presidente do Sindicato dos Bancários Rio

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Por uma bancada de trabalhadores e trabalhadoras forte no Congresso Nacional

Mais uma vez, bancários e bancárias demonstraram capacidade de luta e maturidade para compreender o delicado contexto político, econômico e social do País

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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A categoria bancária acaba de passar por uma dura e vitoriosa Campanha Nacional. Conseguimos manter uma série de direitos e garantir reajuste salarial pelo INPC mais 0,5% a partir de 2023. Mais uma vez, bancários e bancárias demonstraram capacidade de luta e maturidade para compreender o delicado contexto político, econômico e social que o país está vivendo.  Extraímos o máximo possível em uma conjuntura adversa aos trabalhadores, que vêm enfrentando grandes perdas de direitos desde o golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff.

Encerrada mais essa etapa da luta por direitos específicos, a categoria está em condições de perceber também os desafios mais amplos colocados pelas eleições que se aproximam. Ao mesmo tempo em que temos diante de nós uma escolha importante no pleito presidencial entre a democracia e o autoritarismo, entre a civilização e a barbárie, estamos sendo chamados também a fazer opções nas eleições para o Senado e a Câmara Federal.

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Além da representação partidária, o Congresso Nacional é formado por bancadas temáticas. As mais famosas são as bancadas formadas pelas iniciais BBB (Bala, Boi e Bíblia). Mas existem cerca de 12 bancadas organizadas em torno de temas de interesse nas casas legislativas. Apesar de terem perdido poder desde que o Supremo Tribunal Federal (STF) fixou a regra da fidelidade partidária, concedendo aos partidos o direito de exigir que o parlamentar acompanhe a orientação de voto dada pela legenda, essas bancadas suprapartidárias ainda exercem grande influência na agenda do Poder Legislativo.

Deputados e senadores de diferentes agremiações, eleitos com pautas semelhantes, se juntam no Congresso para fazer valer os seus interesses e os dos setores que representam. As bancadas com maior influência estão organizadas para fazer lobby para grupos poderosos.  A bancada da segurança pública é um exemplo claro desse filme de terror realista. 

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Segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), na legislatura iniciada em 2019, os defensores do armamento da população, representantes dos interesses da indústria armamentista, passaram de 35 para 61 deputados federais. Por outro lado, a bancada sindical sofreu uma drástica redução. Passou de 51 para 33 deputados. Em 2014, essa redução já havia sido significativa, com a perda de 32 parlamentares. 

É importante observar que as bancadas temáticas mais influentes atuam conjuntamente em questões políticas e econômicas gerais, orientadas pela mesma agenda neoliberal. Isso explica a aprovação, na gestão Temer, das principais reformas contra os trabalhadores, como a trabalhista e a previdenciária. O Congresso eleito em 2018 é ainda mais conservador e reacionário. 

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Uma iniciativa da atual legislatura que ameaça constantemente a categoria bancária é o Projeto de Lei 1043/2019. A proposta de autoria do deputado David Soares (DEM/SP), que prevê a abertura de agências bancárias aos sábados e domingos, está na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara Federal à espera de votação. Ela representa um grande retrocesso para a categoria e só não avançou ainda graças aos sucessivos adiamentos conseguidos pelo movimento sindical bancário.

A classe trabalhadora compõe a maioria do eleitorado brasileiro, mas não consegue se fazer representar no Congresso Nacional na mesma proporção. A representação política no Poder Legislativo é uma dimensão fundamental da luta por direitos. 

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Os bancários e bancárias do Rio de Janeiro têm diversas opções de candidatos que poderão representar os interesses da categoria e dos(as) trabalhadores(as) em geral. É possível identificar nossos representantes, conhecendo um pouco da trajetória e da filiação partidária dos postulantes aos parlamentos estadual e federal. Assim, podemos verificar aqueles que têm atuado na destruição dos nossos direitos e os que têm resistido, lutando para mantê-los e ampliá-los.

Nós, trabalhadores e trabalhadoras, perdemos muito nos últimos anos. Para mudarmos esse quadro, é fundamental elegermos candidatos(as) a deputado(a) e a senador(a) comprometidos com o povo, com os trabalhadores, com a distribuição da riqueza, com a vida, com o combate à fome, com o meio ambiente, com a valorização dos salários, com melhores condições de vida e de trabalho. 

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Depois de ganharmos o jogo em nossa Campanha Salarial, precisamos, agora, virar o jogo no Congresso Nacional, ampliando significativamente a bancada dos trabalhadores e trabalhadoras.

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