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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Primeiro turno com cara de segundo

"Só não vê quem não quer: a 37 dias das eleições, Lula (40%) e Bolsonaro (20%) dividem mais da metade do eleitorado e os outros candidatos disputam os outros 40%", diz o colunista Alex Solnik; "A tendência é a distância entre os dois candidatos da frente e o bloco de trás aumentar ainda mais durante o próximo mês. E se isso acontecer ninguém mais vai segurar o voto útil, de um lado e de outro. E Alckmin, Ciro e Marina tendem a desidratar. Seus eleitores vão se alinhar a Lula ou Bolsonaro", afirma; "Nem sempre as eleições em dois turnos, são decididas em dois turnos"

Primeiro turno com cara de segundo (Foto: Esq.: Stuckert / Dir.: Valter Campanato - ABR)
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Só não vê quem não quer: a 37 dias das eleições, Lula (40%) e Bolsonaro (20%) dividem mais da metade do eleitorado e os outros candidatos disputam os outros 40%. Em todas as pesquisas. Ou seja: os eleitores já escolheram: querem um ou outro. O primeiro turno ganha cada vez mais ares de segundo. As escolhas se afunilam.

Lula e Bolsonaro estão com essas pontuações há muito tempo. Não há motivos para imaginar que vão cair. São bem conhecidos dos eleitores. E os eleitores os querem do jeito que são. Com todos os defeitos. É a luta do Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro prevista por Glauber Rocha. Os que não são conhecidos o eleitor não quer conhecer. Não dá tempo. O horário eleitoral é muito curto.

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O que os eleitores estão escolhendo – ao optar por Lula e Bolsonaro - não são duas ideologias. A parcela que vota em função de ideologia é largamente minoritária. Um terço do eleitorado não completou sequer o ensino fundamental. Não sabe o que é direita ou esquerda. Não leu Marx nem Ludwig von Mises.

Lula e Bolsonaro são os preferidos porque são identificados pelo eleitor como grandes líderes. São incisivos. Falam o que vêm à telha. Dão certeza de que sabem como fazer (embora apenas Lula tenha feito). O eleitor sabe que o Brasil está à beira do abismo e que só uma liderança forte, ou que ao menos pareça ser forte será capaz de evitar o desastre.

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O eleitor quer na presidência alguém que lhe dê certeza de que daqui em frente tudo será melhor e diferente. O eleitor quer alguém que lhe garanta prosperidade (Lula) e que o defenda da violência urbana (supostamente Bolsonaro). O ideal, para o eleitor, seria uma chapa Lula-Bolsonaro, por mais absurdo que pareça aos dois, aos seus eleitores engajados e aos ideólogos de esquerda e de direita.

Em outras palavras: o eleitor quer alguém com autoridade e carisma. Alguém que o proteja das maldades do mercado. E do cotidiano. Não importa se de esquerda, direita ou centro.

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E não enxerga essas qualidades em Ciro, Alckmin ou Marina.

O que os eleitores almejam, na atual conjuntura, não é um presidente da República; é um novo Moisés.

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Só um novo Moisés será capaz de conduzi-los através do deserto que prometem ser os próximos anos até a terra do leite e do mel.

Há uma certa ansiedade no ar, uma certa pressa de definir as coisas muito cedo. De se livrar logo de Temer. Quanto mais cedo se definir o novo presidente, mais cedo Temer será enterrado. A tendência é a distância entre os dois candidatos da frente e o bloco de trás aumentar ainda mais durante o próximo mês. E se isso acontecer ninguém mais vai segurar o voto útil, de um lado e de outro. E Alckmin, Ciro e Marina tendem a desidratar. Seus eleitores vão se alinhar a Lula ou Bolsonaro.

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Nem sempre as eleições em dois turnos, são decididas em dois turnos.

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