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Paulo Henrique Arantes

Jornalista há quase quatro décadas, é autor de “Retratos da Destruição: Flashes dos Anos em que Jair Bolsonaro Tentou Acabar com o Brasil”

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Professor da USP revolta-se contra Aras e Lira, cúmplices do negacionismo bolsonarista

Sem o primeiro, não há impeachment. Sem o segundo, não se abre processo criminal contra o presidente

Vacinação infantil (Foto: José Cruz / Agência Brasil)
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A vacinação infantil contra a Covid-19 começou no Brasil. Pode-se afirmar sem medo de errar que o governo vacina a criançada por pressão da civilização, não por desejo ou convicção. Como deixou claro em inúmeras declarações, com ecos do ministro da Saúde, Jair Bolsonaro preferiria ver a garotada longe das agulhas da imunidade. 

O mais novo desvario do capitão ignora o que realiza o próprio governo, que aplica nada menos que 25 vacinas nos brasileirinhos e nas brasileirinhas até os seus seis anos de idade (o Programa Nacional de Imunização ainda não foi destruído por Bolsonaro). Contra hepatite B, rotarívus, meningite, febre amarela, varicela, poliomielite, sarampo e várias outras doenças, tudo certo. Contra Covid-19, não, senhor.

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Já está diagnosticada a mente doentia e tirânica do presidente do Brasil. Mais difícil de decifrar é a inação daqueles que respondem pelas instituições republicanas que deveriam freá-lo. O advogado Fernando Aith, professor titular da Faculdade de Saúde Pública da USP, é um dos milhões de indignados. “Nenhum outro país, a não ser este que elegeu Bolsonaro, aceitaria passivamente um governo a atuar contra vacinação infantil numa pandemia”, afirma.

Tal aceitação não se ilustra apenas pelo silêncio das ruas. Em um nível bem mais grave, concretiza-se no esfacelamento das instituições democráticas que deveriam agir para impedir, coibir e punir palavras e atos de um tiranete desvairado, consubstancia-se na inércia do presidente da Câmara dos Deputados e do procurador-geral da República. Sem o primeiro, não há impeachment. Sem o segundo, não se abre processo criminal contra o presidente. A exemplo de Bolsonaro, Augusto Aras e Arthur Lira entender-se-ão com a História.

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“Estamos numa situação em que o presidente da República e seus principais assessores se sentem à vontade para tripudiar de todas as suas obrigações constitucionais e legais, atuar de forma aberta contra a população, induzir a população à morte, colocar a vida de crianças em perigo, e tudo isso sem qualquer movimento das instituições cuja função é impedir e punir tais condutas”, acusa Aith.

A carapuça serve na medida em Aras e Lira. 

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“Há uma total irresponsabilidade por parte das autoridades federais e uma ausência de ação adequada por parte das instituições que deveriam punir aqueles que atuam contra o interesse público, especialmente contra o interesse das crianças neste momento”, protesta o professor.

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