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Giselle Mathias

Advogada em Brasília, integra a ABJD/DF e a RENAP – Rede Nacional de Advogadas e Advogados Populares e #partidA/DF

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Qual a nossa luta?

É preciso percebermos que também somos permeados pela cultura da meritocracia, do racismo, do patriarcado e do consumismo capitalista, e, enquanto não enxergarmos que a luta pelo Estado perpassa pela mudança de paradigmas, os quais não se resumem a luta de classes e uma maior renda para o trabalhador

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Acompanhamos o desmonte e esvaziamento das políticas públicas construídas no que chamamos de período democrático no país. Muitos dizem que a esquerda está apática, imobilizada e a oposição sem qualquer atuação.

Será isso verdade? Ou não conseguimos mais enxergar qual a nossa luta?

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No campo da esquerda vão dizer que temos muitas lutas, e isso é verdade, mas qual é o ponto comum dessas várias lutas?

Não encontrarmos o que nos une, nos separará cada vez mais e fará com que as vitórias do capital nas batalhas que travamos e travaremos se ampliem e estruturem exclusivamente o Estado para atender apenas os interesses da oligarquia, alijando o povo e o oprimindo para que permaneça sempre submisso e arcando com os custos de uma burocracia dos altos escalões inchada de privilégios.

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Sim! É preciso entendermos o Estado, seu funcionamento e como os recursos orçamentários são distribuídos, pois temos servidores que mal recebem um salário mínimo, mas temos aqueles que chegam a receber 400.000,00 por mês. Essa disparidade no serviço público reflete as desigualdades da nossa sociedade, a qual demonstra que há escolhidos e que as castas “superiores” usam o Estado e seus recursos como se deles fossem.

Diante de como o Estado brasileiro se apresenta a pergunta que me faço é:

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Por que permanecemos aceitando que a burocracia concursada ou não dos altos escalões continuem a criar, para si próprios e para os seus, regras que lhe proporcionam inúmeros privilégios e benefícios financeiros com o dinheiro público?

Talvez a nossa luta deva ser pelo Estado, para que possamos vencer as batalhas das outras lutas que nos fazem ser de esquerda, e lutar pelo Estado significa encerrar as desigualdades que o permeiam, e não apenas substituir por outros que também querem usufruir dos privilégios concedidos a poucos.

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Passa da hora de enxergarmos os privilégios e benefícios que são postos a partir do gênero, da cor, da classe social e tantos outros que também se encontram na esquerda progressista, os quais muitas vezes são defendidos, pois não são encarados como devem ser e como de fato são, apenas privilégios.

É preciso percebermos que também somos permeados pela cultura da meritocracia, do racismo, do patriarcado e do consumismo capitalista, e, enquanto não enxergarmos que a luta pelo Estado perpassa pela mudança de paradigmas, os quais não se resumem a luta de classes e uma maior renda para o trabalhador, mas também e, principalmente, pela igualdade entre todos, pois só poderemos falar em liberdade quando todo o humano for visto e tratado, simplesmente, como humano, sem diferenças.

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