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Luciana Oliveira

Jornalista de Porto Velho, Rondônia, e membro da Comissão Nacional de Blogueiros

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Quem apoiou o golpe crê na condenação de Lula como indulgência

Como alguém que acreditou no discurso de Aécio, que teve Eduardo Cunha como bandido favorito e o juiz Sérgio Moro como símbolo de isenção, pode amenizar o peso de sua consciência num país com todos os poderes desmoralizados?

Lula em Porto Alegre  (Foto: Luciana Oliveira)
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“A culpa não é minha, votei no Aécio”, dizia a torcida pela deposição da presidenta eleita Dilma Rousseff, quando a crise política e econômica no país se estabelecia com boicote parlamentar, midiático e judicial.

A frase virou estampa de camiseta de famosos e viralizou como ‘meme’ na internet.

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A verdade não demorou a vir à tona e com fartas provas em áudios e vídeos.

Foi golpe, sim. Os canalhas que articularam o golpe foram desmascarados e Aécio Neves, além de provado corrupto, foi flagrado ameaçando de morte quem o delatasse.

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Como alguém que acreditou no discurso de Aécio, que teve Eduardo Cunha como bandido favorito e o juiz Sérgio Moro como símbolo de isenção, pode amenizar o peso de sua consciência num país com todos os poderes desmoralizados?

Ao que vemos, exaltando uma condenação ainda que sem provas, como demonstração de justiça.

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Só que não pode haver perdão para quem apoia tal tipo de julgamento, como alertava Martinho Lutero no século XVI sobre a absolvição de pecados por meio de indulgências.

Não se alcança a fé por ordem do papa. Nem a justiça, por força de sentença injusta.

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A igreja protestante nasceu combatendo a mentira de que se salvaria quem depositasse a fé num pedaço de papel.

Repito Lutero a quem se regozija com a confirmação de uma sentença viciada contra o ex-presidente Lula: “Eu lhe suplico, deixe sua cabeça mais leve e o cérebro mais limpo”.

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Se quer perdão por apoiar o golpe à democracia e se omitir à destruição de direitos que o governo corrupto promove, não recorra à decisão imunda de Sérgio Moro confirmada no TRF-4.

Não há justiça, nem a mínima sensação de paraíso numa sentença que impõe insegurança jurídica a todos.

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A fé na justiça depende de prática, de viver com noções claras sobre o certo e o errado. Muitos seguem o caminho da degustação de sentenças que o agradam. Pior, é o que prova a injustiça só para ver os mais pobres ainda mais pobres.

Com rebeldia, desprezando a excomunhão injusta, Lutero mudou o mapa do cristianismo, o mundo.

“Mesmo se eu soubesse que amanhã o mundo se partiria em pedaços, eu ainda plantaria a minha macieira.”

Assim foi com Nelson Mandela, condenado por traição e preso por quase três décadas por defender a população negra contra o racismo.

As ideias dos que foram submetidos a sentenças injustas estarão sempre acima da lei.

E quem recusar a verdade, como bem disse Lutero, que experimente o inferno do triunfo da injustiça “juntamente com os seus mestres, aqueles que julgam obter certeza de sua salvação mediante breves de indulgência.”

Não implorem por alívio celebrando a condenação de Lula sem provas, graças a um juiz partidário que priorizou o interesse pelo lucro ao bem estar do povo.

Moro agiu como Johann Tetzel, o maior vendedor de indulgências da Santa Sé que Lutero definia como “um nojento, um idiota, um monte de bostas, filhote de cobra, um mentiroso, um imbecil louco de boca espumante com cara de meretriz.”

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