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Tereza Cruvinel

Colunista/comentarista do Brasil247, fundadora e ex-presidente da EBC/TV Brasil, ex-colunista de O Globo, JB, Correio Braziliense, RedeTV e outros veículos.

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Quem tem medo das diretas?

"A pesquisa IBOPE, mostrando a preferência de 62% dos entrevistados por uma nova eleição e o apoio de apenas 8% a Michel Temer como solução para a crise, levou água para o igarapé das eleições diretas, um terceiro caminho entre o impeachment sem base jurídica e a posse de um presidente sem legitimidade. A reação do PMDB foi imediata. 'Golpe seria convocar nova eleição. Isso sim, seria uma artimanha, uma manobra diversionista para melar o jogo', disse na noite desta segunda-feira, no programa Roda Viva (TV Cultura), o senador Romero Jucá", aponta a colunista Tereza Cruvinel; segundo ela, "quem tem medo das diretas é quem não tem voto nem candidato"; se as eleições fossem hoje, segundo turno seria disputado entre o ex-presidente Lula e a ex-senadora Marina Silva

"A pesquisa IBOPE, mostrando a preferência de 62% dos entrevistados por uma nova eleição e o apoio de apenas 8% a Michel Temer como solução para a crise, levou água para o igarapé das eleições diretas, um terceiro caminho entre o impeachment sem base jurídica e a posse de um presidente sem legitimidade. A reação do PMDB foi imediata. 'Golpe seria convocar nova eleição. Isso sim, seria uma artimanha, uma manobra diversionista para melar o jogo', disse na noite desta segunda-feira, no programa Roda Viva (TV Cultura), o senador Romero Jucá", aponta a colunista Tereza Cruvinel; segundo ela, "quem tem medo das diretas é quem não tem voto nem candidato"; se as eleições fossem hoje, segundo turno seria disputado entre o ex-presidente Lula e a ex-senadora Marina Silva (Foto: Tereza Cruvinel)
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A pesquisa IBOPE, mostrando a preferência de 62% dos entrevistados por uma nova eleição e o apoio de apenas 8% a Michel Temer como solução para a crise, levou água para o igarapé das eleições diretas, um terceiro caminho entre o impeachment sem base jurídica e a posse de um presidente sem legitimidade. A reação do PMDB foi imediata. “Golpe seria convocar nova eleição. Isso sim, seria uma artimanha, uma manobra diversionista para melar o jogo”, disse na noite desta segunda-feira, no programa Roda Viva (TV Cultura), o senador Romero Jucá, que comandou o desembarque do PMDB do Governo Dilma, a senha para o golpe.

O processo de impeachment avança no Senado e Temer faz convites para seu ministério mas o jogo ainda não está decidido.  Há tempo ainda para uma outra saída. A oposição tem votos na comissão e no plenário para autorizar o seguimento do processo com o afastamento de Dilma, o que deve acontecer no dia 12 de maio, mas não ainda para garantir uma condenação no julgamento final, quando o quórum será de 3/5.

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Jucá é um político farejador e não reagiu à toa. No Senado, o grupo de dez senadores que apoia a emenda por diretas em outubro vem ganhando adesões a cada dia. Dele fazem parte figuras distintas como Cristóvam Buarque (PDT),  João Capiberipe (PSB) e Randolfe Rodrigues (PSOL), além dos petistas que por ora se concentram na defesa de Dilma. Ontem Roberto Requião (PMDB-PR)  fez vigorosa defesa do chamado às urnas. Na Câmara, a proposta tem apoio da Rede, do PSOL, de parte do PT, do PSB e do PC do B. Na sociedade, mostrou o IBOPE, 62% preferem votar para escolher um novo presidente. Os movimentos sociais também vão levantar a bandeira mas avaliam o melhor momento. E ainda tem Dilma, que antes de ser afastada ainda pode tomar a iniciativa de propor um acordo entre a elite política e o povo através do voto.

O PSDB, com suas negaças sobre participação no governo, emite um claro sinal de que evita o barco de Temer porque teme que ele afunde. Se as ruas pedirem diretas, será difícil para os tucanos ficar contra. A alma de Franco Montoro vai pegar no pé de Fernando Henrique.

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Quem tem medo das diretas é quem não tem voto nem candidato.  Dos partidos competitivos, só o PMDB desistiu de disputar a presidência a partir de 1994, quando a candidatura Quércia foi um fiasco. De lá para cá, preferiu apoiar, ordenhar e infernizar os governos do PSDB e do PT. Sim, pois FH também sofreu com os peemedebistas, embora em seu governo eles não tenham tido tanto quanto tiveram nos de Lula e Dilma. O aliado preferido era o PFL. Ainda antes de embarcar no golpe do impeachment, Temer hesitava. Foi convencido pelo argumento de que o cavalo estava passando selado e que se ele e o PMDB não o montassem, não teriam outra chance.  E um dos que o convenceu a pisar no estribo foi Romero Jucá.

Como dizem os mineiros do interior, o jogo é jogado e o lambari é pescado. Ainda tem jogo pela frente e muito lambari nestas águas. 

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