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Davis Sena Filho

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Reale Júnior, paraninfo do golpe, agora critica Bolsonaro no poder - Janaína Paschoal

"A verdade é que Reale Júnior, o catedrático e paraninfo do golpe vergonhoso que envenenou a democracia brasileira e contaminou o Estado Democrático de Direito, não está arrependido, mas sente vergonha", diz o autor

(Foto: Zeca Ribeiro/Senado | PR)
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Certamente, depois de ter visto pela televisão ou pelas redes sociais as boçalidades e fanfarronices do fascista Jair Bolsonaro dignas de bufões e rufiões, o jurista tucano, Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment injusto e surreal contra Dilma Rousseff ficou estupefato, quiçá “arrependido”, por ter sido um dos arautos escalados para efetivar, juridicamente, o golpe contra a primeira mulher presidente da história do Brasil, de esquerda, e que jamais incorreu em ilegalidades e malfeitos.

A verdade é que Reale Júnior, o catedrático e paraninfo do golpe vergonhoso que envenenou a democracia brasileira e contaminou o Estado Democrático de Direito, não está arrependido, mas sente vergonha e, com efeito, sente-se insultado por ver um ogro desprovido de compostura, educação e sensatez, já que presidente da República, que deveria ter o mínimo de civilidade e compreensão, primeiro como cidadão e depois tentar dar o exemplo como o principal mandatário do País.

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Entretanto, Reale Júnior, um dos convivas perenes dos salões dos quatrocentões da casa grande de São Paulo, além de ter sido ministro da Justiça do Governo neoliberal e entreguista de Fernando Henrique Cardoso, participou com pompa e circunstância da maior farsa política e jurídica da história do Brasil e, consequentemente, juntamente com a lunática Janaína Paschoal, deu início oficialmente à deposição da presidente reeleita, legítima e constitucional, Dilma Rousseff.

Reale Júnior teve como parceira de golpe de estado, Janaína Paschoal, uma advogada até então obscura e ligada à direita brasileira, neste caso a serviço do PSDB, recebeu dos tucanos módicos R$ 45 mil reais para elaborar parecer do impeachment, ou seja, o PSDB e suas principais lideranças são golpistas, porque, além de não terem aceitado o resultado das urnas por intermédio do playboy irresponsável Aécio Neves, ainda tiveram a desfaçatez e a sordidez de apoiarem as pautas bombas oriundas do Congresso, a ter o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o Centrão como os algozes da democracia e do equilíbrio entre os Poderes da República.

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Janaína mentiu na época quanto aos 45 mil dinheiros que recebeu para derrubar uma presidente inocente, que não cometeu crime de responsabilidade, pois afirmava na época que o parecer de sua autoria pró-impeachment era uma reivindicação de “cidadãos indignados”, talvez aquelas pessoas de “bem”, vestidas como se fossem periquitos ou papagaios, que seguiam um pato amarelo da Fiesp e do CNI.

O pato com cara de imbecil, da federação empresarial de tradição golpista, sendo que hoje seus associados estão a enfrentar uma profunda recessão, que até agora ainda não foi assumida por esses empresários estúpidos, que estão a conviver com imenso desemprego, o que significa que caiu em progressão geométrica o consumo, que gera emprego, renda e lucro aos empresários. São esses mentecaptos ideologicamente preconceituosos que se dizem capitalistas. Seria cômico se não fosse trágico e irremediavelmente lamentável.   

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E é assim que a banda toca nesses pagos tupiniquins, de forma que agora o jurista Miguel Reale Júnior, do alto de sua presunção e arrogância, como cidadão em defesa permanente da Pátria, da moral, da família e dos bons costumes lacerdistas/udenistas compreende que “entrei de gaiato no navio; entrei, entrei pelo cano”, como diz a música “Melô do Marinheiro”, da banda Paralamas.

A verdade é que o pedido de impeachment de autoria de tal jurista da alta burguesia paulista e paulistana elaborou uma peça jurídica mentirosa, injusta, parcial e passional. Ponto. Tratou-se de uma farsa para levar à deposição de uma mandatária legítima, que derrotou pela quarta vez os tucanos, que jamais poderiam imaginar que o Partido dos Trabalhadores, um partido reformista e não revolucionário exerceria o poder com dose cavalares de democracia e, consequentemente, com inclusão social jamais vista na história do Brasil, a não ser por intermédio de Getúlio Vargas, o estadista até hoje combatido ferreamente pela casa grande paulista e pelos burgueses de todos os estados brasileiros.

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A verdade é que essa gente de direita, mas com verniz civilizatório, a exemplo de Miguel Reale Júnior, fica realmente impressionada com um bárbaro sem qualquer compostura, a exemplo de Jair Bolsonaro, um fascista de terceiro mundo, porém perigoso, audacioso e desprovido psicologicamente de quaisquer limites — literalmente. Por isto que o catedrático paraninfo de um golpe bananeiro ou cucaracha se sente mal e faz críticas. É demais para seus modos aristocráticos de ações golpistas. Não é para menos, cara pálidas!

E explico: os tucanos queriam derrubar o Partido dos Trabalhadores do poder, porque perceberam que, com a polarização entre os dois partidos, o destino do PSDB seria a derrota eleitoral e por este motivo apostaram em um golpe, ou seja, romperam com o acordo nacional de 1988 promulgado pela Constituição. E deu no que deu: o playboy irresponsável e golpista, Aécio Neves, que até hoje é “incompreensível” (Lava Jato/STF) por que ele não estar preso, deu o pontapé inicial para que se estabelecesse a patifaria, a cafajestada e a canalhice em todas suas formas e tamanhos.

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Entretanto, Reale Júnior ao ver e compreender com razão que o Brasil está a se deparar com um presidente moralmente refratário às leis e às normas legais, ou seja, um mandatário completamente ignorante e amoral, sendo que muitas vezes se mostra imoral, como no caso de Marielle Franco, assim como quando esteve ontem em frente ao Palácio, a se confraternizar com seus seguidores em plena campanha de âmbito mundial de combate e prevenção contra a pandemia do coronavírus.

"Seria o caso de submetê-lo a uma junta médica para saber onde está o juízo dele. O Ministério Público pode requerer um exame de sanidade mental para o exercício da profissão. Bolsonaro também está sujeito a medidas administrativas e eventualmente criminais. Assumir o risco de expor pessoas a contágio é crime" — afirma, espantado, o jurista do golpe, Miguel Reale Júnior.

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Nada como um dia após o outro, diz o ditado popular, sendo que o jurista tucano, apesar de ser politicamente conservador, percebe que ter de aturar e conviver com o fascista desmiolado e incontrolável é impossível, porque se trata de um sujeito que está em conflito permanente com a sociedade, a demonstrar total falta de juízo no sentido literal da palavra, como se o Brasil tivesse sob os ditames de um Nero dos trópicos.

Enquanto isso, sua parceira de golpe de estado acontecido em 2016, Janaína Paschoal, de gestos tresloucados e caras e bocas dignas de uma atriz canastrona, indaga sobre “como um homem possivelmente infectado vai para o meio da multidão?” Mas não é algo surreal? Ela ainda o acusa de cometer "crime contra a saúde pública", mas considera que "não há tempo para impeachment”.

Claro que não dá tempo para impeachment, porque o Congresso e o STF terão de antes ter de se deparar com os militares, que estão quietos e doidos por um golpe, pois não compreendem o Brasil mesmo a passarem toda a carreira a se transferirem para terem vantagens (legais) pecuniárias. Bolsonaro aparentemente tem o apoio dos militares e neles se fia, como se fosse um garoto folgado e provocador de escola, mas com marmanjos a ombreá-lo para encher de porrada o estudante que resolva enfrentá-lo. Este é o Bolsonaro, e assim são seus filhos...

Para Reale Júnior, um dos indutores do golpe de estado de 2016, a participação do presidente, que ele considera uma pessoa com o juízo a ser observado, disse ainda, do alto de sua pretensa sabedoria e conhecimento, menos quando fomentou um golpe de estado que está a destruir o País em todos os sentidos, setores e segmentos, que Bolsonaro quando pouco se lixou para o coronavírus feriu a Lei 13.979, que, de acordo com o sábio, foi sancionada pelo Executivo e regulamenta as ações para enfrentar o Covid-19 — coronavírus.

Deveria-se perguntar ao prestimoso e caudatário jurista, pois adepto e partidário de golpe de estado travestido de legal e legítimo o que ele acha de um dia afirmar que ele e todos os grupos e as forças que se aliaram para formar um consórcio de direita para derrubar uma presidente constitucional levou à loucura e a total desfaçatez e irresponsabilidade de elevar ao cargo mais importante da República um fascista perigoso como Jair Bolsonaro.

É esta postura e conduta que a direita brasileira, pelo menos a que se considera civilizada e frequenta os salões dos donos do dinheiro deveria ter — sinalizar. Abra seus braços, Miguel Reale Júnior, e toma que o filho é seu e de seus parceiros de golpe. Não é mesmo, Janaína? Civilizados são os que durante 13 anos respeitaram a democracia e o Estado de Direito, sempre sob os ditames das urnas soberanas e da Constituição, como ensinará a história. É isso aí.

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