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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Rodízio de Covas é mais uma ideia de gerico

"O prefeito que se elegeu sem votos adotou uma medida estapafúrdia: resolveu bloquear grandes avenidas para desestimular a circulação de veículos na cidade", destaca Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia. "Não serão afetados somente os cidadãos que estão no alto da pirâmide social", diz. "Espero que o Ministério Público vete mais essa ideia de gerico"

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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia

Eleitores da cidade de São Paulo estão pagando um preço muito alto por terem tido a ideia de eleger, em 2016, um prefeito que usou a eleição como trampolim, elegeu-se governador antes de esquentar a cadeira e deixou em seu lugar o vice Bruno Covas, um jovem bem-intencionado, mas inexperiente, e cuja maior credencial é ter o sobrenome Covas, legado de Mário Covas, seu avô, um dos maiores políticos do Brasil do século XX.

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No início desta semana, o prefeito que se elegeu sem votos adotou uma medida estapafúrdia: resolveu bloquear grandes avenidas para desestimular a circulação de veículos na cidade.

Foi um desastre. A medida provocou congestionamentos jamais vistos desde o início da quarentena que, além de não ajudarem em nada no combate à disseminação do vírus, provocarem stress nos motoristas e prejudicaram a circulação de ambulâncias que levavam doentes aos hospitais.

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Em dois dias a medida foi abandonada, mas não satisfeito ele resolveu implantar outra ideia de girico: o rodízio de veículos, que impedia a circulação nos horários de pico – início e fim da jornada de trabalho – num dia por semana, agora será estendido para o dia inteiro e dois ou três dias por semana, pois nos dias pares só poderão circular veículos com placa de final par e nos dias ímpares, veículos com placa de final ímpar.

Partindo-se do princípio de quem ninguém está saindo de casa para se divertir, mesmo porque todos os lugares destinados a esse fim estão fechados, a conclusão é que os veículos levam o motorista ou passageiros ao trabalho e de volta do trabalho permitido nessa quarentena.

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Eles não deixarão de trabalhar nos dias pares ou ímpares, e terão, portanto, de se deslocar por outros meios, o que implica ou em risco maior de se contaminar – utilizando ônibus, trem ou metrô – ou em prejuízo para o bolso, utilizando táxi ou uber e seus assemelhados.

Ou seja: se já está difícil equilibrar o orçamento doméstico nesses tempos sombrios, vai ficar mais difícil ainda.

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Pior ainda é o cenário para os profissionais do volante.

São 50 mil uber ou assemelhados e 38 mil táxis que serão impedidos de trabalhar em dias pares ou ímpares, diminuindo ainda mais seu faturamento que já caiu muito devido às imposições da quarentena.

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Não serão afetados somente os cidadãos que estão no alto da pirâmide social, felizes proprietários de dois veículos, um de placa par e outro, ímpar.

Espero que o Ministério Público vete mais essa ideia de gerico.        

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