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Igor Corrêa Pereira

Igor Corrêa Pereira é técnico em assuntos educacionais e mestrando em educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Membro da direção estadual da CTB do Rio Grande do Sul.

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Seis sinais de um novo acordo nacional

O divórcio com a Lava Jato abre caminho para a queda de Bolsonaro? Elencamos aqui seis fatos das últimas horas após a demissão de Moro, que apontam para as possibilidades de um consenso das instituições que passe pela derrubada de Bolsonaro.

Jair Bolsonaro e Sergio Moro (Foto: Reprodução)
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O divórcio com a Lava Jato abre caminho para a queda de Bolsonaro? Elencamos aqui seis fatos das últimas horas após a demissão de Moro, que apontam para as possibilidades de um consenso das instituições que passe pela derrubada de Bolsonaro. 

1. Empresários bolsonaristas anunciam sentimento de terem sido traídos por Bolsonaro

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Cerca de duzentos empresários liderados pelo exótico “Véio da havan”, além de Flávio Rocha, dono da Riachuelo, anunciaram decepção com Bolsonaro e que se sentiram traídos como eleitores com a demissão de Moro. 

2. PSDB, o principal partido da direita tradicional, abre fogo contra o presidente.

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cacique do PSDB, pede que Bolsonaro renuncie. O governador do PSDB Dória discursa e chama Bolsonaro de um vírus que também precisa ser enfrentado, além do COVID-19. 

3. Bancada da bala cogita retirar apoio a Bolsonaro 

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Parlamentares que se articulam na Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida pela alcunha de "bancada da bala", cogitam retirar apoio a Bolsonaro, conforme anunciou o líder da bancada Capitão Augusto (PL/SP).

4. Jornal Nacional de sexta (24/04) inicia campanha oficial da Globo por impeachment

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Jornal Nacional especial, com uma hora e meia de duração, apresenta denúncias vazadas por Sérgio Moro e abre oficialmente com isso campanha da emissora por impeachment de Bolsonaro.

5. Mercado financeiro teme saída de Guedes

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Esse personagem tão misterioso quanto poderoso intitulado mercado financeiro, manifestou-se preocupado com a saída de Guedes após saída de Moro. A Ibovespa teve queda de investimento na sexta do episódio e o risco da interferência no Ministério da Economia de Paulo Guedes estressa o mercado financeiro; 

6. STF e Congresso se movem par apurar denúncias

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O Procurador Geral da República Augusto Aras pediu apuração de inquérito ao STF e o líder do PSDB pediu abertura de CPI no Congresso, para apurar as denúncias de Moro. Congresso e STF se movem contra o presidente, e aí recordamos que as duas casas são presididas pelo DEM, partido estremecido com Bolsonaro desde a saída de Mandetta. 

Todos esses fatos revelam perda de apoio do governo na esfera econômico-empresarial e na esfera política. Mesmo que o presidente possa manter apoio popular emulado por um sentimento de que ele representa o desejo difuso de retorno a atividade econômica, é importante lembrar que nossa política não se baseia na expressão da vontade do povo. Ainda mais num ano que não tem eleição presidencial. O munco político e econômico tem maior governança. O andar de cima tem maior capacidade de ação do que a massa. Se um impeachment iniciar no Congresso, o que a base social de Bolsonaro vai fazer? Atos de "não vai ter golpe"? É sério? E daí? 

Bolsonaro parece estar conseguindo o que sempre quis. Ser um personagem contra o que ele chama de "sistema". Pois bem, existe um sistema que parece estar formando o consenso de que ele é disfuncional. Aos militares, que ainda permanecem no seu governo, sua saída atrapalharia? Por que, se Mourão permanecer? Essa esfera política e econômica, que evidentemente não é homogênea e tem contradições, parece estar ajustando os termos, os detalhes. Mas existe uma necessidade que parece apressar o consenso. Os sobressaltos provocados pelo presidente atrapalham os negócios e isso afeta não só a direita, mas empresários e investidores. É por isso que o fã -clube de Bolsonaro é muito pouco para segurá-lo. Os militares também não têm motivos para defendê-lo, uma vez que nada perderiam com sua saída e a permanência de Mourão. Um novo grande acordo nacional, com todas as instituições, parece estar se formando.

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