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Vagner Freitas

Vagner Freitas, é o presidente do Conselho Nacional do Sesi. Foi presidente da CUT entre 2012 e 2019

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Sem educação, já basta o presidente

Nossa resistência e luta a esse cenário de caos crescem e se renovam com a energia e a mobilização da juventude. A irreverência e audácia desses jovens que erguem cartazes criativos em meio aos protestos se somam à luta dos  trabalhadores organizados e a todos os brasileiros que se referenciam na liberdade e na democracia para encurtar o sofrimento do povo

Sem educação, já basta o presidente (Foto: Adriano Machado - Reuters)
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De forma grosseira e destemperada, Jair Bolsonaro, irritado com a irreverência e capacidade de mobilização da juventude brasileira, chamou de “idiotas-úteis” e “imbecis” os milhões de brasileiros que foram às ruas em 15 de maio protestar contra os cortes de verbas à Educação. Uma agressão feita diante da mídia mundial, nos EUA, que revela ainda mais a face de um presidente desqualificado, que, há quatro meses no governo, nada fez para atacar as altíssimas taxas de desemprego, a precariedade e a informalidade que desalentam 28 milhões de brasileiros e brasileiras desempregados. Entrincheirado e distante do povo, Bolsonaro comanda um ataque sem precedentes na história do Brasil para destruir o sistema de proteção social.

Incapaz de articular um programa de desenvolvimento econômico que atraia investimentos da especulação financeira à produção, os resultados desse desastrado governo podem ser resumidos em uma palavra: destruição.

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A turbulência política cresce cada vez que o presidente e seus três filhos parlamentares digitam mensagens em seus celulares e postam nas redes sociais ou que o seu “guru” brasileiro radicado na Califórnia destrava a língua e dispara contra militares e inimigos “comunistas” invisíveis. Situação que se agrava a cada dia porque até a base aliada do governo teme as falas do presidente e de seus ministros boquirrotos. O Mercado surfa na onda dessa oscilação, enquanto o povo amarga o desemprego.

O estado de bem-estar Social que ainda estava em construção tem sido dizimado e, em seu lugar, surge um Estado policialesco, reforçado por milícias paramilitares da base social do presidente que defende armas.

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Todos esses elementos negativos levam a indícios de que um novo Papa Doc*, com seus Tontons Macoutes**, pode estar sendo forjado por meio de leis facilitadoras do acesso a armas de fogo, resgatando as estreitas relações que a família Bolsonaro mantém com as milícias no Rio de Janeiro, segundo revelam a mídia e investigações do Ministério Público.

Nossa resistência e luta a esse cenário de caos crescem e se renovam com a energia e capacidade de mobilização da nossa juventude. A irreverência e audácia desses jovens que erguem cartazes criativos em meio aos protestos se somam à força dos  trabalhadores e de todos os brasileiros que se referenciam na liberdade e na democracia para encurtar o sofrimento do povo.

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As ruas lotadas revelam o despertar de uma parcela da população ao chamados dos movimentos sindical e sociais e também que a longevidade desse ciclo de horror deverá ser bem mais curta do que o previsto pelos gurus da extrema-direita.

E assim será. Em todos os cantos do Brasil, as contradições, incapacidade e compromissos espúrios deste desgoverno com o capital estrangeiro, os ruralistas e os sistema financeiro ficam evidentes.  São desnudados dia a dia.

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Está na capacidade de organização e resistência dos sindicatos, dos movimentos sociais e do campo democrático a possibilidade de colocarmos um fim a essa insensatez institucional.

As mobilizações na greve da educação de 15 de maio foram despertadas pela luta unitária que a CUT juntamente com as demais centrais sindicais e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo vêm travando contra a reforma da Previdência Social proposta por Bolsonaro.

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De forma unitária estamos nas ruas e na pressão aos parlamentares, organizando a luta que terá em 14 de junho, com a greve geral nacional, uma data que entrará para a história. Nesse dia, com sindicatos e Centrais Sindicais à frente, o Brasil vai parar para dizer ao governo que não aceitaremos essa reforma da Previdência e que queremos empregos de qualidade e trabalho decente.

*Papa Doc, nascido François Duvalier foi eleito presidente do Haiti em 1957 e permaneceu no poder durante 14 anos. Passou a ser presidente vitalício a partir de 1964,  ficou conhecido por instaurar um exército miliciano denominado tontons macoutes, e por ter feito um dos governos mais sanguinários do mundo

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**Tontons Macoutes", membros da milícia paramilitar criada em 1958 após um ataque contra Papa Doc.

 

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