Semana de mobilização e resistência para barrar a Reforma da Previdência

Estas últimas semanas de dezembro de 2017 são fundamentais para barrarmos a Reforma da Previdência proposta pelo ilegítimo de Michel Temer (PMDB). Após congelar os investimentos em saúde, educação, segurança pública e assistência social pelas próximas duas décadas, destruir os direitos e garantias trabalhistas e inserir a precarização como regime predominante de contratação, os golpistas agora querem dificultar a aposentadoria do povo brasileiro.

Para se ter uma ideia, aproximadamente 86% da população idosa do País recebe algum tipo de benefício previdenciário. Sem esses recursos, cerca de 70% dos idosos brasileiros estariam vivendo na pobreza, número que corresponde a 25 milhões de pessoas. Isso depois de terem trabalhado uma vida inteira ajudando a construir e desenvolver o Brasil.

O golpista Michel Temer mente quando fala em déficit da previdência. Em 2015, por exemplo, foram arrecadados R$ 703 bilhões para a Seguridade Social, provenientes de impostos como a CSLL, COFINS, PIS/PASEP e contribuições da União e da classe trabalhadora. O total gasto com aposentadorias, pensões, saúde pública e assistência social foi de R$ 683 bilhões, ou seja, sobrou dinheiro.

Mas o governo prefere mentir para o povo com o objetivo de garantir os exorbitantes lucros dos banqueiros e especuladores financeiros. Os juros e títulos da dívida pública sugam R$ 500 bilhões anuais do país. E todo este dinheiro vai para o bolso dos banqueiros e especuladores nas bolsas de valores. Em contraponto, a Previdência Social custa em torno de R$ 680 milhões por ano e atende a 90 milhões de pessoas. Fica fácil saber a quem este governo golpista serve, não é mesmo?

Não bastasse isso, um conjunto de grandes empresas do País sonegou mais de R$ 426 bilhões da Previdência Social. Entre elas, a JBS de Wesley Batista, o Banco Bradesco e o Banco Itaú. Por que não executar estas dívidas? Por que garantir benesses para os bilionários e arrochar a população? O que justifica o governo abrir mão de bilhões de reais sonegados por empresas lucrativas e partir para cima da aposentadoria da classe trabalhadora?

A Previdência Social equivale a 8% do Produto Interno Bruto (PIB). Os repasses para a minha cidade, Chapecó, em Santa Catarina, somam R$ 550 milhões por ano. Dinheiro gasto pelos aposentados e pensionistas em padarias, farmácias, mercados, restaurantes, lojas de conveniência ou na contratação de inúmeros serviços. Em outras palavras, dinheiro que gera impostos, que fomenta o desenvolvimento local, que circula e faz girar a economia. Mobilizar e resistir para impedir a aprovação da Reforma da Previdência.