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Pedro Maciel

Advogado, sócio da Maciel Neto Advocacia, autor de “Reflexões sobre o estudo do Direito”, Ed. Komedi, 2007

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Seria Bolsonaro um novo severino?

Severino Cavalcanti era conhecido como o “rei do baixo clero”. O “baixo clero” é o grupo de parlamentares anônimos e sem grande expressão política. Bolsonaro e Severino Cavalcanti ficaram conhecidos por suas posições polêmicas sobre diversos assuntos, as quais desagradam setores da sociedade que as consideram "anacrônicas" e ambos, cada um a seu tempo, são defensores de interesses corporativo

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Os mais jovens não sabem ou não se recordam, mas em 2005 o então deputado federal Severino Cavalcanti - um obscuro parlamentar do chamado baixo clero, assim como Bolsonaro - concorreu à presidência da Câmara dos Deputados e para surpresa geral sagrou-se vitorioso.

Severino Cavalcanti era conhecido como o “rei do baixo clero”. O “baixo clero” é o grupo de parlamentares anônimos e sem grande expressão política.

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Bolsonaro já declarou várias vezes que é oriundo do “baixo clero”.

Mas ao contrário de Bolsonaro, que não tem nenhuma articulação política, Severino foi o deputado que ocupou cargo na Mesa Diretora por décadas, o que confirma a afirmação de sua capacidade de articulação, já Bolsonaro, passou praticamente trinta anos em férias no congresso.

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Bem, a candidatura de Severino, assim como a de Bolsonaro, foi menosprezada, pois todos acreditavam que o candidato oficial do Governo Lula, o advogado Luís Eduardo Greenhalgh, seria o vencedor, mas a crise interna pela qual o governo passava levou à vitória de Severino Cavalcanti.

Cabe perguntar: Severino e Bolsonaro são resultado de erros táticos e estratégicos do Partido dos Trabalhadores?

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Bolsonaro e Severino Cavalcanti ficaram conhecidos por suas posições polêmicas sobre diversos assuntos, as quais desagradam setores da sociedade que as consideram "anacrônicas" e ambos, cada um a seu tempo, são defensores de interesses corporativos. Severino defendia constantemente o aumento nos salários dos parlamentares nas várias legislaturas que participou, já Bolsonaro defendeu durante três décadas preservação e ampliação dos privilégios dos militares.

A sorte de Severino Cavalcanti não durou muito, pois dois procuradores da república pediram ao TCU que ele fosse investigado por uma suposta prática de nepotismo, haja vista ter empregado diversos parentes em seu gabinete quando era o presidente da Câmara dos deputados.

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E não parou por aí.

Em 5 setembro de 2005 surgiram as denúncias do mensalinho, um esquema de pagamento de propina em que Severino Cavalcanti estaria envolvido (foi mostrada em rede nacional uma cópia ampliada do cheque compensado, utilizado para pagar-lhe o mensalinho) e, para coroar sua patética passagem pela presidência da Câmara dos Deputados, temos Sebastião Buani, o dono de um restaurante da Câmara, acusando Severino de cobrar-lhe a mensalidade de 10 mil reais sob a ameaça de fechar o restaurante dele.

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Em razão disso tudo, ainda em setembro daquele ano, renunciou ao seu mandato de deputado federal, buscando safar-se das consequências de seus atos.

Em uma semana de mandato Bolsonaro apresenta-se completamente nu em praça pública.

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Seu despreparo, desinformação, ignorância e possível idiotia - somadas a um grupo de ministros useiros e vezeiros de praticarem ilegalidades de toda ordem, além das trapalhadas, estultices e possível ilegalidades de  um de seus filhos e de operações financeiras não explicadas na conta de um de seus assessores - poderão impor um fim nada honroso ao tolo que chegou à presidência da república, graças ao fato de os vassalos da plutocracia afastarem “legalmente” Lula da corrida presidencial.

Aguardemos o desenrolar dos fatos.

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