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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Soldados morrem na austeridade neoliberal

O governo temerista adotou o anticapitalismo no Brasil a propósito de ajuste fiscal, na linha do Consenso de Washington. Villas Boas, na prática, não acredita nessa política, que a considera adequada, apenas, aos especuladores. Ela destrói a segurança nacional. Isso ele disse, em 25.08.2016, no Ceub, às vésperas do golpe, em palestras aos formandos daquele ano

Soldados morrem na austeridade neoliberal (Foto: Tiago Correa/CMM.)
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Hoje, Dia do Soldado, os militares estão revoltadíssimos.
Morreram três deles nos tiroteios com os traficantes, nos últimos dias.
As famílias, claro, estão desoladas.
Estatísticas macabras crescem.
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, saiu do sério.
Disse que, aparentemente, o sacrifício está sendo, apenas, dos homens dele.
As autoridades, acrescentou, não estão fazendo nada.
Declarou isso ao lado do presidente ilegítimo Temer 90% de rejeição popular.
Também, pudera, como as autoridades públicas, principalmente, estaduais agirão, se estão de caixa baixo para fazer política social?
Manda na política econômica, de forma soberana, apenas, o mercado financeiro especulativo.
A primeira decisão do ilegítimo Temer, depois do golpe parlamentar-jurídico-midiático de 2016, foi suspender, por vinte anos, em nome de austeridade neoliberal, gastos sociais, os que geram renda disponível para o consumo, produção, distribuição, circulação, arrecadação e investimento.
O governo temerista adotou o anticapitalismo no Brasil a propósito de ajuste fiscal, na linha do Consenso de Washington. Villas Boas, na prática, não acredita nessa política, que a considera adequada, apenas, aos especuladores.
Ela destrói a segurança nacional.
Isso ele disse, em 25.08.2016, no Ceub, às vésperas do golpe, em palestras aos formandos daquele ano.
Indagado, na ocasião, sobre a sua condição de soldado nacionalista frente à política antinacionalista do mercado financeiro que critica, disse que, no Brasil, a elite elogia o nacionalismo dos outros e combate o nacionalismo no Brasil.
Ressaltou, numa linguagem contida, mas cheia de preocupantes presságios, que, agora, se confirmam, ser perigosa para a segurança nacional a prioridade ao mercado e, principalmente, para a soberania nacional.
A verdadeira segurança requer política desenvolvimentista, com mais oferta de educação, saúde, emprego, política ambiental etc.
Portanto, ele sabe que, apenas, a colocação do Exército para conter os distúrbios sociais, que explodem nos grandes centros, não será suficiente.
Pelo contrário, irá agravá-los, como admite o ministro da Defesa, Silva e Luna, ao se aproximar o fim do prazo marcado para durar presença dos soldados do Exército na antiga capital da República, conflagrada pelos conflitos sociais, intensificados pelo avanço do desemprego neoliberal.
Certamente, a situação piorará, porque o desemprego não apenas continuará, mas expandirá, mantido o congelamento econômico neoliberal.
Basta ver os últimos números da economia, dando conta de que o PIB, no segundo trimestre, cresceu meros 0,1%.
Na era econômica glacial, descongelado, no orçamento geral da União, está, apenas, o gasto para pagamento de juro e amortização, que consome 51% do total orçamentário,realizado, no ano passado, em R$ 2,7 trilhões.
A sociedade virou escrava do mercado financeiro.
Predomina, no Brasil, cruel bancocracia, alvo dos candidatos em geral à presidência da República, na eleição de 7 de outubro.

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