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Danilo Nunes

Historiador, geógrafo, antropólogo, músico e ator, atualmente Superintendente do Iphan no Estado de São Paulo

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Soy loco por ti América: A memória de um tempo que o tempo não apaga

Que todos os países sejam livres e soberanos e que o espírito de Bolívar se faça presente cada dia mais para que a integração latinoamericana saia da ideia para a realidade, assim seremos muito mais fortes. Como já diz a canção de Gil: Soy Loco por Ti America!

Salvador Allende (Foto: Reuters)
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O século XX foi um dos períodos mais movimentados e conturbados da história mundial. Marcado por duas grandes guerras, pela ascensão do nazifascismo na europa e pela crise liberal de 1929, o século XX também marcou brutalmente a nossa América Latina pela imposição das ditaduras militares violentas e sangrentas que se instalaram no continente, gerando consequências tristes e desastrosas devido às repressões desumanas sofridas por toda a população.

Muitos (as) se foram e outros (as) ficaram, mas o gosto amargo da pólvora e as inesquecíveis feridas das torturas, permaneceram tatuadas nas memórias e corpos que carregam esse fardo como preço das lutas e conquistas dos direitos sociais e democracias latinoamericanas. 

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Entre as décadas de 60 e 80 do século passado, a América Nuestra foi tomada, ao mesmo tempo, em diferentes países pelo desespero imperialista que viveu o medo do “inimigo vermelho” e da perda de sua soberania sobre a América. A Guerra Fria foi o contexto que levou os Estados Unidos a patrocinarem as mais violentas formas de repressão em nosso continente que já havia passado pelo sucesso da Revolução Cubana e se alinhava, cada vez mais, às ideias socialistas encabeçadas pela União Soviética. 

Os ideais e as perspectivas de justiça e igualdade social, direitos dos (as) trabalhadores (as), quebra dos monopólios comerciais e econômicos e conquistas dos direitos da mulher, negro (a), comunidade LGBTQI+, sempre assombraram o sistema que vive da exploração de uma classe hegemônica composta por uma minoria abastada sobre uma maioria vista como ameaça ao imperialismo norte americano.

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No mês de setembro, torna-se impossível apagar de nossa memória o sangrento golpe militar no Chile, patrocinado pelos Estados Unidos que nomeou como seu representante o cruel general Augusto Pinochet que, além de roubar o poder com suas forças armadas, torturou e matou milhares de chilenos (as) artistas, professores (as), estudantes, trabalhadores (as), homens e mulheres que tombaram sonhando com um país livre e uma América Latina integrada.  

Pinochet não só afrontou os direitos humanos com suas ações cruéis e desumanas como também, afrontou a vontade do povo chileno que elegeu Salvador Allende como seu Presidente e representante. 

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Desde as lutas por independência nos países latinoamericanos, encabeçadas por Simón Bolívar, San Martín, entre outros, o ideal integracionista percorre toda a América Latina e sua chama acende de tempos em tempos, principalmente nos momentos em que o fascismo coloca sua cabeça para fora do armário. Vivemos esse ciclo, onde as tentativas de golpe voltam a aparecer nos momentos em que o imperialismo e o poder do capital sente a ameaça do povo que desperta em sua consciência de classe. Luta de Classe! Essa é a chave do porquê.

Nesse mês de setembro, levando em conta todas as ameaças que continuamos a sofrer, assim como no Brasil com o presidente genocida, que possamos trazer a memória do povo chileno e o exemplo de sua luta. Lembremos Salvador Allende e Victor Jara, heróis que nos mostraram caminhos para um mundo melhor e que sonhos são combustíveis para a luta. 

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Que possamos sonhar e lutar por direitos de classe, direitos sociais, democracia, direitos humanos e respeito. Que possamos quebrar o monopólio econômico e os bloqueios que são determinados pelo capitalismo a países como Cuba. Que todos os países sejam livres e soberanos e que o espírito de Bolívar se faça presente cada dia mais para que a integração latinoamericana saia da ideia para a realidade, assim seremos muito mais fortes. Como já diz a canção de Gil: Soy Loco por Ti America! 

Para saber mais, acompanhe a Sacada Cultural e a prosa com a musicista e ativista cultural chilena Cecilia Concha que falou sobre os eventos de setembro sobre o golpe militar do Chile e o nascimento e morte do cantor, compositor e poeta chileno Victor Jara.

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