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Wadih Damous

Presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB e da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro

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Temer e Aécio personificam a degradação do Brasil

"Temer é Aécio e Aécio é Temer. Irmãos siameses na aventura golpista, nos métodos de ação e no caráter. Mas já se afogaram abraçados. As 'vitórias de Pirro' que ainda alcançam devem-se exclusivamente à falência das nossas instituições republicanas", critica o deputado Wadih Damous (PT-RJ) sobre a aliança entre os artífices do golpe parlamentar que arruinou o Brasil e sua economia; "O que dizer de um Supremo Tribunal Federal que se cala diante de um fato público e notório aterrador como a compra de deputados para que votassem a favor do impeachment da presidenta Dilma sem crime de responsabilidade? E da caçada judicial sórdida que sofre Lula?", questiona Damous

"Temer é Aécio e Aécio é Temer. Irmãos siameses na aventura golpista, nos métodos de ação e no caráter. Mas já se afogaram abraçados. As 'vitórias de Pirro' que ainda alcançam devem-se exclusivamente à falência das nossas instituições republicanas", critica o deputado Wadih Damous (PT-RJ) sobre a aliança entre os artífices do golpe parlamentar que arruinou o Brasil e sua economia; "O que dizer de um Supremo Tribunal Federal que se cala diante de um fato público e notório aterrador como a compra de deputados para que votassem a favor do impeachment da presidenta Dilma sem crime de responsabilidade? E da caçada judicial sórdida que sofre Lula?", questiona Damous (Foto: Wadih Damous)
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Não causa nenhuma surpresa a informação de que Temer atuou freneticamente nos bastidores do Senado para livrar um de seus sócios mais proeminentes no empreendimento golpista, Aécio Neves, da guilhotina.

Fazendo o uso mais execrável possível do axioma popular "uma mão lava a outra", Temer liberou algo em torno de 200 milhões de reais em emendas individuais pendentes de senadores, para seduzi-los a votar contra as medidas cautelares impostas pelo Supremo.

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Logo chegou a vez de Aécio retribuir, instando a bancada tucana, primeiro na CCJ, e depois certamente no plenário da Câmara, a rejeitar a segunda denúncia da PGR contra o usurpador, desta feita por organização criminosa e obstrução da justiça.

Depois de não se conformar com sua derrota eleitoral em 2014, entregando-se de corpo e alma ao projeto de rompimento da ordem constitucional, que acabou por se consumar em 2016, Aécio fez um voo sem escalas rumo à sua morte política.

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Longe de restituir-lhe um sopro de vida que seja, a decisão de 44 de seus pares no Senado (em geral, de padrão moral semelhante ao seu) de devolver-lhe o mandato e as prerrogativas do cargo não pode sequer ser vista como uma pálida vitória do senador mineiro.

Nas ruas e nas redes, a repercussão negativa do arranjo cúmplice providenciado pelo Senado para salvar-lhe o pescoço revela que Aécio seguirá como um cadáver insepulto da política, um zumbi obrigado a evitar as ruas e a fugir do contato com o povo como o diabo foge da cruz.

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Por sua vez, Temer segue na mesma toada da votação da primeira denúncia na Câmara, quando torrou 14 bilhões do contribuinte entre liberação de emendas, renegociação e perdão de dívidas de banqueiros, latifundiários e igrejas.

E como não enxerga limites de qualquer natureza na sua cruzada insana para permanecer na presidência sobre pau e pedra, garantindo o foro privilegiado, ele não hesita em atentar até mesmo contra uma conquista civilizatória e humanista fundamental, que é a legislação que permite a identificação e a punição dos responsáveis por manter trabalhadores em condições análogas à escravidão.

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Temer é Aécio e Aécio é Temer. Irmãos siameses na aventura golpista, nos métodos de ação e no caráter. Mas já se afogaram abraçados. As "vitórias de Pirro" que ainda alcançam devem-se exclusivamente à falência das nossas instituições republicanas.

A seletividade que vem marcando a atuação do parlamento e do sistema de justiça brasileiros expõem as vísceras de um país em ruínas.

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O que dizer de um Supremo Tribunal Federal que se cala diante de um fato público e notório aterrador como a compra de deputados para que votassem a favor do impeachment da presidenta Dilma sem crime de responsabilidade? E da caçada judicial sórdida que sofre Lula?

Fico a imaginar como se comportaria a Câmara ou o Senado ante uma eventual acusação com fortes indícios de prova envolvendo um deputado ou senador petista flagrado com malas de dinheiro, ou ameaçando de morte um parente, ou seja, em situação semelhante à de Aécio. Era decapitação na certa.

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(Publicado originalmente no Viomundo)

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