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Carlos Henrique Abrão

Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo

158 artigos

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Temperatura máxima em Brasília

Pagamos a duras penas a dívida externa, mas não conseguiremos fazer o mesmo com aquela interna e, sem uma revisão do modelo federativo, diminuição de comunas e fusão de Estados do Nordeste e, ainda, Norte com Centro Oeste, teremos o sério risco de repetir os erros da história

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A semana que se inicia poderá ser considerada de temperatura máxima em Brasília. Teremos, dentre tantas discussões, aquela do impeachment, eventual deliberação sobre o caso Eduardo Cunha, renegociação das dívidas dos Estados, com reflexo no custeio da folha dos servidores, e uma improvável aprovação do Novo Código Comercial, em relação à qual a grande maioria da coletividade acadêmica já se posicionou de forma contrária.

O mês é invernal, mas a temperatura sobe, pois os interesses em disputas serão múltiplos, o presidente do STF, a partir de agora, assumirá o procedimento que deve se esticar até o final do mês, enquanto isso, o Governo interino tem sérias ocupações e preocupações de diminuir o grau de ebulição e críticas contra suas políticas, além, não se pode perder de vista, da quantidade de colaborações premiadas que ainda repercutem e assolam todo o Brasil.

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Câmara e Senado terão a oportunidade de mostrar ao País que nem todos os nossos políticos estão contaminados pela malversação do dinheiro público e as chicanas que acontecem nos bastidores dos projetos de leis e da maioria da legislação que influencia a configuração do entendimento na interpretação pela Justiça.

Coloque-se em evidência e relevo o projeto do abuso de autoridade, tal qual na Itália, tentam um "cala boca" nas investigações e legislam em prol da corrupção, tentando amesquinhar e menoscabar as funções exercidas institucionalmente pelos Poderes da República.

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Cabível assinalar que há países nos quais se designa um magistrado como autoridade máxima anticorrupção, que recebe todos os processos envolvendo autoridades e se cerca das melhores provas para um julgamento eficiente e sem a quimera do foro privilegiado.

O Brasil deve romper o imobilismo e partir a passos rápidos e decisivos para o contra-ataque em todos os campos, macroeconômico, de crescimento e da estabilização da inflação, sem deixar de lado o grave problema social que enfrenta há séculos e até hoje não fora resolvido por falta de uma visão de estadista sem comprometimento das finanças públicas e da gestão orçamentária.

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Enquanto se discute os próximos passos na arena de Brasília, os Jogos Olímpicos se desenvolvem com esforço, suor e criatividade, além da imaginação, o País atingido na sua honra pelo maior escândalo da história, mesmo assim, se propôs a realizar uma Olimpíada e abrigar centenas de delegações e o custo será conhecido, em detalhes, ao final, quando a conta resvalar nas mãos da Prefeitura, do Estado e chegar até à União, que certamente terá que cobrir o rombo e normalizar, o mais depressa possível, a calamidade das finanças do Estado do Rio de Janeiro.

Investidores estrangeiros tentam se mobilizar para o pós-impeachment, uma vez que a situação fora não é nada animadora, com Trump candidato e juros negativos em vários Países, mas a beleza da Cidade Maravilhosa não traduz o clima de pessimismo do desemprego e da atividade industrial sem margem de recuperação.

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O modelo político do financiamento se esvaiu, e também a propaganda eleitoral gratuita, a bem da verdade, são poucos os candidatos vocacionados à politica com P maiúsculo, a maioria é despreparada e joga na total falta de cultura e conhecimento dos eleitores e, assim, são produzidos os cacarecos da vida que se multiplicam em período de crise.

Que nossos olhos fiquem permanentemente voltados para Brasília, não apenas na semana que entra, mas permanentemente, para jamais sermos surpreendidos com governos de meios duvidosos a produzir uma gestão pública deficitária e colocar o País nas mãos de ingentes esforços para rasgar a ideologia estatizante.

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Pagamos a duras penas a dívida externa, mas não conseguiremos fazer o mesmo com aquela interna e, sem uma revisão do modelo federativo, diminuição de comunas e fusão de Estados do Nordeste e, ainda, Norte com Centro Oeste, teremos o sério risco de repetir os erros da história.

No entanto, enquanto as Olimpíadas durarem, sonharemos com o primeiro mundo

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