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Fernando Rosa

Fernando Rosa, jornalista, editor do blog Senhor X, especializado em geopolítica.

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The syncopated clock

Ontem, 30 de abril, a procuradora Raquel Dodge confirmou definitivamente ao que veio à frente da Procurador Geral da República. O "reloginho do golpe", como chamou Tereza Cruvinel tempos atrás, ganhou uma substituta à altura

Ontem, 30 de abril, a procuradora Raquel Dodge confirmou definitivamente ao que veio à frente da Procurador Geral da República. O "reloginho do golpe", como chamou Tereza Cruvinel tempos atrás, ganhou uma substituta à altura (Foto: Fernando Rosa)
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Ontem, 30 de abril, a procuradora Raquel Dodge confirmou definitivamente ao que veio à frente da Procurador Geral da República. O "reloginho do golpe", como chamou Tereza Cruvinel tempos atrás, ganhou uma substituta à altura. Nada mais flagrante do que a nova denúncia contra Lula e Gleisi às vésperas do primeiro de maio. Assim como o antecessor, ela mantém sintonia com o "tic-tac" do comando do golpe.

Por certo, a senhora Raquel Dodge não estava apenas tentando mostrar que os exemplares procuradores trabalham nos feriadões. É por demais evidente a programada tentativa da justiça acusatória-midiática de tentar paralisar, ou pelo menos ofuscar, a resistência popular em torno de Lula. A denúncia sem pé nem cabeça surge no exato momento em que cresce a campanha nacional e internacional em favor da liberdade de Lula.

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"O Ministério Público tenta criminalizar ações de governo, citando fatos sem o menor relacionamento, de forma a atingir o PT e seus dirigentes", diz nota do partido. Na verdade, esse sempre foi o objetivo da Operação Lava Jato, ou seja, atacar as instituições nacionais, os setores estratégicos, as grandes empresas. A Lava Jato não é apenas um "erro jurídico" de graves consequências, mas um cavalo de Tróia de interesses externos, geopolíticos e econômicos.

Assim como ocorre desde o início da Lava Jato, a nova denúncia ocorre após Dodge ter participado de evento nos EUA, onde foi defender a prisão em segunda instância, ou seja a prisão de Lula. Além de Dodge, também participaram, como convidados especiais, o ministro Luís Roberto Barroso e juízes federais Sergio Moro e Marcelo Bretas, expoentes da Lava Jato. O evento promovido por uma "associação de alunos e ex-alunos" de Direito de Harvard é mais uma ação do "Estado expandido" dos EUA para difundir suas "leis".

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A total inapriedade do evento, do ponto de vista institucional, também envolveu uma série de situações administrativas mal explicadas. Segundo o próprio MPF, a instituição pagou sete diárias para Dodge, bem como suas passagens aéreas, com saída no dia 12 e retorno no dia 18 - para palestra de apenas 1 hora. De acordo com o site BuzzFeed, Dodge ainda fez contatos junto ao David Rockefeller Center para apoiar a vinda de professores da Harvard ao Brasil para "análise do modelo de persecução penal" no país.

Também estranha ao papel do judiciário de um pais independente, é a condição em que viajaram Barroso, Moro e Bretas. De acordo com o STF e a Justiça Federal em Curitiba, nenhum dos três recebeu diárias nem passagens aéreas de suas instituições. Mais grave, Barroso, Moro e Bretas tiveram todos os gastos custeados pelos "patrocinadores" do evento, não revelados, segundo a Associação dos Juízes Federais do Rio de Janeiro e Espírito Santo), uma das organizadoras do evento.

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Não é de hoje que o judiciário brasileiro é alvo dos esquemas norte-americanos de captura das instituições, com apoio de setores econômicos nacionais, para impor sua justiça de mercado. Submeter-se a esse papel de cumplicidade com interesses forâneos retirou do judiciário o poder de representar os valores pátrios. Assim como as demais instituições nacionais, o judiciário faliu, exigindo sua refundação, com eleições diretas de alto a baixo, para que a democracia seja real.

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