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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

629 artigos

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Tio Sam quer pré-sal para fortalecer dólar. Por isso, Lula não pode voltar ao Planalto

É como se os brasileiros fossem crianças embaladas por papai noel do norte, na tarefa de deixá-los entorpecidos para a realidade, enganados por mentiras segundo as quais o congelamento da economia, imposto pelos neoliberais, durante vinte anos, estivesse gerando poderoso crescimento na terra de Monteiro Lobato

Michel Temer, petróleo, pré-sal (Foto: César Fonseca)
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O golpe político de 2016 e a tentativa de evitar volta de Lula em 2018, por meio de julgamento viciado no TRF-4, no próximo dia 24, em Porto Alegre, têm objetivo nada oculto: manter os golpistas para que acelerem mais ainda entrega do petróleo nacional às petroleiras, de modo a garantir lastro real ao dólar. A moeda de Tio Sam está ameaçada por nova estratégia monetária, expressa em união de moedas que se interligam para substitui-lo, como fazem, usando petróleo como lastro, os russos, os iranianos, os chineses, os venezuelanos e os árabes.

Enquanto isso, os banqueiros americanos e ingleses, super-estocados de dólares, candidatos à desvalorização, tentam, desesperados, se salvarem com uma miragem, o bitcoim, cujo lastro real é zero. Washington tenta tirar o Brasil, dessa jogada dos resistentes ao poder de Tio Sam, com suas fantásticas reservas do pré sal, manipulando os golpistas neoliberais.

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DESVIANDO ATENÇÃO

A mídia golpista tupiniquim, dominada pelo mercado financeiro internacional especulativo americano, cerra fileira para condenar o Irã e a Venezuela, onde, diz, estariam ocorrendo distúrbios sociais, devido à insatisfação política, organizada para derrubar os aiatolás e Maduro, populistas, patrimonialistas etc. Jogam no ar informações e imagens manipuladas. Na verdade, ela está vocalizando a geopolítica da direita do partido democrata, aliada de Wall Street, derrotada pelos republicanos de Trump, cujo objetivo é detonar Putin e, igualmente, Trump.

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O mercado financeiro especulativo, braço direito dos democratas da derrotada Hillary Clinton, estava com o dedo dela no gatilho para prolongar a guerra na Síria, bombeando os terroristas de armas e fartos recursos. Trump não topou e juntou-se a Putin contra os terroristas.

O poder midiático servil ao mercado e à indústria de guerra não perdoou o chefe da Casa Branca e move mundo e fundos para detoná-lo, enquanto, também, coloca Putin na sua alça de mira. Aliados de Putin, como o Irã, no Oriente Médio, e Venezuela, na América Latina, ricos em petróleo, viram, consequentemente, inimigos mortais dos falcões da guerra e da especulação financeira.

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Sobretudo, irrita o poder americano a disposição da Rússia, do Irã e da Venezuela, sem falar da China, de construírem, nesse momento, modelo monetário alternativo ao dólar, para fugirem do que estão sendo vítimas, ou seja, boicotes comerciais e financeiros, impostos por Washington.

BOICOTE TOTAL

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A ordem de Tio Sam aos bancos e empresas norte-americanos é clara: não comprem títulos da dívida pública venezuelanos, iranianos e russos, com os quais giram seus negócios internos e externos, como é a praxe mundial, desde o pós-guerra, quando Estados Unidos, com o dólar forte, fixou nova divisão internacional do trabalho.

Não está sendo suficientemente eficaz a estratégia de Washington. Russos negociam com a China com suas próprias moedas. Da mesma forma, Irã usa petróleo como lastro para sua moeda nacional, negociando-a com chineses e russos, ao largo do dólar. E, agora, Venezuela, da mesma forma, cria o Petro, criptomoeda, lastreada em petróleo, ouro, gás e diamante, para fugir do boicote econômico e financeiro imperial, que desvaloriza o bolívar e joga inflação nas nuvens.

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O pavor dos americanos é o de Arábia Saudita desistir do acordo que fez, depois de 1971, com eles de garantir lastro ao dólar com petróleo, depois de Washington acabar com o padrão ouro. Até então, os Estados Unidos garantiam, em ouro, compras em dólar.

O elevado déficit americano, acumulado na guerra fria e guerra do Vietnan, desvalorizou moeda de Tio Sam, colocando em risco sua hegemonia mundial, como valor de troca internacionalmente estabelecido pelo Acordo de Bretton Woods, em 1944. Ao descolar o dólar do ouro e deixar a moeda flutuar, para combater déficit público americano, o mundo, sob tacão de Tio Sam, passou a viver a desregulamentação financeira, com a qual a moeda passou a ser submetida às volatilidades incontroláveis produzidas pela especulação. A bancarrota de 2008, resultado disso, alertou, desde então, o mundo sobre o fim da hegemonia da moeda americana, deslastreada de valor real.

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NOVO PODER MONETÁRIO

Como os chineses adotaram políticas de compras de ouro e cobre em grandes quantidades, nos últimos anos, responsáveis por fortalecer sua moeda, o yuan, com prestígio crescente na Eurásia, os árabes, evidentemente, estão sendo atraídos por esse novo poder monetário, expresso no avanço da economia chinesa na cena mundial.

O Brasil, nesse cenário, está, com a política macroeconômica do golpista Temer, fazendo o jogo de Washington, entregando aos americanos, a preço de banana, os poços de petróleo do pré sal, as reservas de riqueza com as quais Rússia, China, Irã e Venezuela usam para criar e fortalecer suas próprias moedas.

Tal assunto não é sequer mencionado na mídia tupiniquim, totalmente, servil aos interesses do Pentágono e de Wall Street, empenhados em criar armadilhas para tentar derrotar seus adversários em nova guerra monetária que se aproxima.

Washington, claro, quer o petróleo brasileiro como lastro ao dólar tatibitate.

É como se os brasileiros fossem crianças embaladas por papai noel do norte, na tarefa de deixá-los entorpecidos para a realidade, enganados por mentiras segundo as quais o congelamento da economia, imposto pelos neoliberais, durante vinte anos, estivesse gerando poderoso crescimento na terra de Monteiro Lobato.

Santa ingenuidade.

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