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Flávio Barbosa

Cronista, psicanalista

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Jesus há pouco acabara sua ceia pascoalina no Mercado de Casa Amarela e em seguida rumou para orações no Morro da Conceição. Lá orou ao Pai e disse-lhe finalmente do cumprimento da profecia.

Em seguida, uma tropa comandada pelo general Heleno o capturou, após o sinal traidor de Judas Palloci, e o levou até o Sinédrio onde o aguardava ansioso o autor da denúncia contra Jesus, e que fora Dallagnol Caifás, líder religioso em Jerusalém de Curitiba.

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Dallagnol Caifás queria que Roma Brasiliense desse o aval daquela captura e daí que ordenou à tropa que levasse aquele homem até Moro Pilatus, e assim o fizeram.

Moro Pilatus estava convencido que se não atendesse a fúria daquela corte haveria de se ver com César Bolsonaro. E é sabido que havia tensão entre eles. Portanto, deixou de lado os fatos e se permitiu às convicções.

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O time de Jerusalém de Curitiba queria agir uníssono pela condenação de Jesus, mas não haviam argumentos ou eles não eram suficientes. Consultaram então a conselheira Damaris, cristã de fé juramentada, e esta, irresoluta, disse que deveriam crucificar a Jesus, pois este homem andando com o populacho, barba e cabelos compridos, falando em justiça e igualdade só poderia ser um comunista. Que tendo defendido certa ocasião uma prostituta a quem os homens de bem queriam atirar-lhe pedras até a morte, só poderia ser um sexista, também.

Convicções foram sendo formadas, mas Moro Pilatus preferia lavar as mãos a ter de contrariar por um lado Dallagnol Caifás, e por outro, César Bolsonaro.

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E assim sob a acusação de fatos indeterminados Jesus fora condenado ao mais duro dos castigos, a crucificação. E a massa ignara estimulada por pergaminhos fakes gritava morte ao comunista, e por outro, saudava aos berros guturais ao César Bolsonaro com o desígnio: mito, mito, mito.

Jesus fora executado no alto do Morro da Rocinha aos olhares de uma multidão de curiosos enfurecidos com aquele homem por sabe-se lá o quê.

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Dois mil anos depois esse foi o final da história que "cristãos verdadeiros" perpetraram àquele homem chamado Jesus.

Após o sacrifício do cordeiro, a multidão que clamara histericamente contra Ele, voltara às suas igrejas, pacificados, a clamar por Jesus, o Salvador, e pagar regiamente seus dízimos ao coro de aleluia e améns.

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Talvez Marx tenha se enganado: a história se repete... e às vezes com mais crueldade e hipocrisia... contudo, mesmo assim ela não é igual.

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