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Alex Saratt

Alex Saratt, professor de História nas redes públicas municipal e estadual em Taquara/RS e dirigente sindical do Cpers/Sindicato.

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Três lados: Frente ampla, salvação nacional, fora Bolsonaro

Bolsonaro tem uma tropa organizada, ao passo que nós, não. Se unir, ampliar e pactuar, ou dizendo de outra forma, se considerarmos os “três lados” desse rio chamado Brasil, haverá a chance de vencermos essa etapa histórica. Oxalá, nossos líderes e estrategistas vejam isso.

(Foto: Alan Santos/PR | Mídia Ninja)
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O invisível salta aos olhos do observador arguto. A polarização política no Brasil ganhou novos contornos depois da frustração do PIB, do aparecimento da pandemia e da escalada autoritária desencadeada pelo Governo. De repente, o bloco que conduziu o Golpe, fraudou as eleições e elegeu Bolsonaro entrou em curto-circuito. Só lhes segura a agenda de contrarreformas ultraliberais. A Esquerda, às voltas com suas feridas mal curadas e isolamento, participa incidentalmente da luta política, tendo mais destaque suas ações no campo da institucionalidade do que os movimentos sociais propriamente ditos.

Mas a par de suas idiossincrasias e vicissitudes, é possível visualizar um caminho difícil, amargo e espinhoso para que a Esquerda possa abrir espaços e conseguir se colocar à altura dos desafios impostos pela dura realidade. Tal como um rio, é preciso ver que ele possui “três lados”: as margens esquerda e direita e o leito, submerso, imperceptível, esquecido, invisível.

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A margem esquerda seria a constituição de uma Frente Ampla, isto é, de um arranjo político que unificasse as oposições social-democrata e liberal num organismo único, com pauta e fim exclusivamente político.

A margem direita se equivaleria ao chamamento por Salvação Nacional, quer dizer, um programa econômico de emergência para salvar a indústria brasileira, a produção, o trabalho, o emprego e a renda dos trabalhadores, estes acossados pela fome e miséria, além da negativa nos direitos sociais e nas políticas públicas.

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O leito desse movimento e processo seria a determinação férrea em impedir o fascismo de aplicar seu anunciado golpe e, para além, pôr término ao desgoverno que conduz o Brasil ao caos sintetizando sua linha de atuação com o Fora Bolsonaro!

O jornalista Ricardo Noblat assinalou com perspicácia que há uma inversão curiosa e trágica no cenário político brasileiro: os 30% que dão apoio a Bolsonaro se comportam como se fossem 70% e, por sua vez, os 70% agem como se representassem apenas 30%.

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Isso faz recordar FHC. Ele dizia - nos seus tempos de Presidente – que no Congresso Nacional  tinha uma maioria desorganizada a defende-lo e uma minoria organizada a combatê-lo. Foi assim que a Esquerda ofereceu resistência e conseguiu evitar a destruição completa do Estado Nacional e de Bem Estar Social.

Talvez hoje o nosso drama seja esse: certas ditaduras funcionam antes pela vontade e ação de uma minoria. A "real de Madrid" - como costuma falar o meu amigo Juliano Roso - é que, ao que parece, Bolsonaro tem uma tropa organizada, ao passo que nós, não. Se unir, ampliar e pactuar, ou dizendo de outra forma, se considerarmos os “três lados” desse rio chamado Brasil, haverá a chance de vencermos essa etapa histórica. Oxalá, nossos líderes e estrategistas vejam isso.

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